O consumidor voltou a sentir no bolso o aumento dos combustíveis. A pesquisa do Núcleo de Estudos Econômicos e Sociais (NEES), do Centro Universitário de Sete Lagoas (UNIFEMM), realizada entre os dias 25 e 31 de outubro, indica alta nos preços dos três produtos, com a maior variação para o álcool. Os dados utilizados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com informações de 16 postos de abastecimento do município.
O álcool teve um aumento médio de 20,7% e passou de R$ 2,11 em setembro para R$ 2,548 em outubro, um acréscimo próximo a R$ 0,44 por litro do produto. Cálculos do NEES/UNIFEMM indicam que, com esta alta, com os mesmos R$ 100 o consumidor teve uma perda média de 8,13 litros entre os meses. Os preços praticados nas bombas de abastecimento do município estão mais homogêneos. O menor valor encontrado em outubro foi R$ 2,449 e o maior a R$ 2,599, uma diferença de apenas R$ 0,15 por litro.
A gasolina também chegou mais cara para o consumidor em outubro, com uma elevação nos preços de 5,78%. O preço médio do produto passou de R$ 3,377 para R$ 3,572, um aumento de R$ 0,195 por litro. O menor valor encontrado foi de R$ 3,459 e o maior a R$ 3,649. Acompanhando essas altas, o diesel registrou aumento de 3,53% por litro se comparados os preços de outubro com o mês anterior. O menor preço foi encontrado a R$ 2,748 e o maior a R$ 2,999, uma diferença de R$ 0,25 por litro, com o custo médio de R$ 2,842.
Com esses aumentos, tanto a gasolina, quanto o álcool, voltaram a ficar com os preços mais altos se comparados com os praticados em Belo Horizonte. Para abastecer na capital, o consumidor paga R$ 0,14 na gasolina e R$ 0,18 no álcool mais barato do que em Sete Lagoas. Somente o diesel continua mais em conta no município, uma vez que ele é encontrado com o preço R$ 0,12 mais baixo.
Segundo o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), Mário Ferreira Campos Filho, o aumento na gasolina tem sido uma boa notícia para o segmento do etanol, uma vez que promove a competividade do setor. Entretanto, a alta no diesel eleva o custo de produção, uma vez que o combustível é utilizado no transporte de cana. Contudo, segundo ele, o efeito da competividade é maior que o aumento nos custos. Quanto às variações no etanol, afirma que a alta no valor do álcool nas bombas é uma questão de mercado. “Desde abril vínhamos vendendo etanol abaixo do preço comercializado no ano passado, quando não tínhamos competividade. Agora, houve uma inversão nas expectativas e as empresas fizeram a correção nos preços, o que é uma boa notícia. O setor precisa se recuperar e vai continuar competitivo”, avalia Mário Filho.
Com Ascom Unifemm