Em tempos alarmantes de calor extremo, a velha máxima de que o sol do meio-dia é o ponto mais quente da jornada é refutada: o período mais ‘inflamado’ está muito tarde.
De acordo com a meteorologista Estael Sias, meteorologista da MetSul, o zênite (ponto mais central do sol no céu) traz maior irradiação, mas a atmosfera leva mais um tempo para se aquecer: “O sol incide na superfície e esse ar quente, da relva, da terra, do concreto, ele vai se propagando para os metros acima, onde a gente está. Isso demora um tempo. A atmosfera vai ter uma reação a esse aquecimento duas, três horas depois”, completa
Isso faz com que a temperatura máxima do dia ocorra próxima das 15h durante o verão, quando os dias são mais longos, explica a meteorologista. “Considerando os dias de céu claro, tempo aberto, com predomínio de tempo firme e sol”, completa Estael. Segundo ela, em dias que começam com o tempo aberto e por volta das 13h ou 14h ficam nublados, a temperatura já não sustenta o aquecimento.
Cúpula de calor deixa ‘janela’ maior
No entanto, em momentos de cúpula de calor, o fenômeno que explica as temperaturas acima de 40ºC no Brasil em pleno inverno, esse período fica mais prolongado em comparação com dias em que a máxima é de 35º C: “Em uma situação de calor extremo, serão muitas horas seguidas por vários dias expostos a essa temperatura mais alta. Entre as 11h e 16h serão horas seguidas com temperatura extremamente alta. Se a máxima chega aos 45º C, muito provavelmente no final da manhã ela já atingiu entre 39º C e 40ºC”, completa Estael Sias.
O calor vem vindo
Como alertado pelo SeteLagoas.com.br há dias, uma onda de altas temperaturas estão se aproximando do país – e Sete Lagoas será uma das cidades afetadas com essas altas temperaturas, chegando até marcar 43ºC na próxima semana, de acordo com previsões meteorológicas.
Quer se prevenir deste ‘inferno’? Vejam as dicas que publicamos AQUI.
Da redação com UOL