Hoje, 13 de dezembro, é celebrado no Brasil o Dia do Forró, uma data escolhida em homenagem ao nascimento do renomado sanfoneiro Luiz Gonzaga, responsável por difundir amplamente o ritmo. Aproveitando essa ocasião especial, buscamos o ponto de vista de diferentes representantes: a administradora Cinthia Silva do Spazio Recepções, um espaço que reserva um dia específico para o forró em Sete Lagoas; Ilta Rodrigues, uma entusiasta frequentadora dos eventos desse gênero; e a psicóloga Alice Junqueira, para discutir os benefícios mentais e emocionais que a dança proporciona para o bem-estar do corpo.
História do forró
Conhecido inicialmente como ‘forrobodó’, o forró teve sua origem vinculada aos bailes populares do final do século XIX. Naquela época, os eventos eram realizados em espaços com piso de ‘chão batido’, desprovidos de revestimento, levando as danças a ocorrerem diretamente na terra. O termo “rastapé” veio da prática de arrastar os pés para evitar levantar poeira.
No Brasil, o forró é celebrado no dia 13 dezembro. A data também marca o nascimento do sanfoneiro Luiz Gonzaga, que divulgou amplamente o ritmo, sendo reconhecido como o Rei do Baião. O termo “forró” foi oficialmente associado ao ritmo e à dança em 1950 com a música “Forró de Mané Vito” de Luiz Gonzaga e Zé Dantas.
Saúde mental
Dançar forró pode ter diversos benefícios para a saúde mental dos idosos. A atividade física envolvida na dança ajuda a promover o bem-estar geral, liberando endorfinas que reduzem o estresse e a ansiedade. Além disso, a socialização durante as aulas ou eventos de dança contribui para combater a solidão e fortalecer os laços sociais, o que é crucial para a saúde mental dos idosos.
A dança do forró, por ser uma atividade que envolve movimentos coordenados e ritmados, pode estimular a mente, melhorando a cognição, a memória e a concentração. A música animada e o ambiente festivo também podem elevar o humor e proporcionar uma sensação de alegria e prazer, o que é essencial para o bem-estar mental.
Além disso, o forró, por ser uma dança que valoriza a expressão corporal e a interação entre os dançarinos, pode aumentar a autoestima e a confiança dos idosos, promovendo uma sensação de realização pessoal e vitalidade.
O http://Setelagoas.com conversou com Cinthia Silva, administradora da casa de show e restaurante, Spazio Recepções localizada na Rua Acesita 585 no Bairro Piedade, em Sete Lagoas. Ela nos contou sobre o funcionamento do espaço:
“Nosso público alvo são os maiores de idade, porém recebemos também os mais jovens que gostam de um lugar tranquilo e familiar. Recebemos pessoas de Sete Lagoas e cidades vizinhas como Curvelo, BH, Betim, lagoa Santa, Matozinhos, Mocambeiro e muitos outros. Nossa casa é um restaurante que oferece música ao vivo nas sextas-feiras e domingo, cuja o repertório é bolero e um bom forrozinho. Nossa satisfação e comprometimento é levar um pouco de distração, alegria e lazer ao nosso público 40+. A dança é terapia para o corpo e para alma.” Cinthia acrescenta a informação de que também alugam o espaço para outras festas.
Ilta Rodrigues de 66 anos nos conta que frequenta esses ambientes porque a fazem se sentir bem, é como uma terapia: “Dançar forró para mim é como uma distração, é um momento de descontrair, de ver meus amigos, escutar o que eu gosto, me sinto bem todos os domingos que vou no forró. É até difícil para mim encontrar palavras para descrever o quanto me faz bem, esqueço de todos meus problemas.”
A psicóloga setelagoana Alice Junqueira acrescenta informações sobre o bem estar e saúde mental da terceira idade: “Dançar forró, principalmente estando em um grupo socializando com outros da sua idade pode ser de grande valia. No decorrer dos anos, na chegada da terceira idade, inevitavelmente se perdem algumas funções, há uma redução na mobilidade entre outras reduções e percas. É essencial que a pessoa que chegue na terceira idade perceba que existem outros diversos exercícios para a mente e o corpo, como o forró. Além de afastar possíveis sentimentos de tristeza e depressão. Perceber que é capaz, e se entregar a algo tão leve trará tantos benefícios que é difícil citar todos.”
Da Redação, Maria Eduarda Alves