A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu que Layse Stephanie Gonzaga Ramalho da Silva, 21 anos, que foi queimada viva e abandonada na rodovia BR-040, entre os municípios de Pedro Leopoldo e Esmeraldas, foi morta pelo namorado de 37 anos, após tentar fugir de cárcere privado imposto por ele, que buscava extorquir sua família. O homem foi preso em flagrante.
A vítima foi encontrada por um caminhoneiro que acionou a Polícia Militar ao presenciar a situação. Apesar dos esforços para comunicar testemunhas, a jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital. O suspeito foi detido no dia seguinte, apresentando identidade falsa, mas sua verdadeira identidade foi descoberta após investigações conjuntas da PCMG com as polícias Militar e Federal.
De acordo com a delegada Alessandra Wilke, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), o suspeito possui uma longa ficha criminal, tendo registros em várias regiões do país, incluindo Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Paraguai. Wilke ressaltou o padrão possessivo do suspeito em relacionamentos anteriores, buscando vantagens financeiras.
Segundo o delegado Lucas Daniel Alves Nunes, responsável pelo inquérito, há indícios de que o suspeito premeditava obter vantagens financeiras desde o início do relacionamento com a vítima, acumulando dívidas e exigindo empréstimos abusivos. O desaparecimento da vítima em 14 de fevereiro coincidiu com a intensificação das exigências financeiras do suspeito.
As investigações revelaram que a vítima foi ferida com uma faca e incendiada ainda viva em 19 de fevereiro. O crime teve múltiplas motivações, incluindo ganho financeiro e a relação possessiva do suspeito com a vítima, além da ocultação de sua verdadeira identidade. Após a prisão em flagrante, a Polícia Civil ouviu 15 pessoas e esclareceu as circunstâncias do crime em um extenso inquérito com mais de 360 páginas.
Da redação, com informações da PCMG.