O homem apontado como líder do bando, Bruno Lopez (conhecido como BL), e outras dezesseis pessoas estão na mira dos promotores e poderão se tornar rés em uma nova denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás por manipular jogos de futebol para obter ganhos financeiros em sites de apostas esportivas. Os clubes, assim como as empresas que fazem as apostas, são tratadas como vítimas do esquema.
As investigações apontaram que houve fraudes em seis jogos da Série A do Campeonato Brasileiro em 2022, e em outros dois houve tratativas, mas não foram confirmadas. Além disso, uma partida da Série B do mesmo ano e outras quatro de campeonatos estaduais de 2023 também foram alvo da quadrilha, que manipulava os jogos para obter ganhos financeiros em sites de apostas esportivas.
A Justiça ainda não se manifestou sobre a aceitação ou não do novo pedido, que está sob sigilo.
Bauermann é investigado
De acordo com a Revista Veja, o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos (ex-jogador do América), foi um dos dezesseis denunciados pelo Ministério Público de Goiás por suposta participação em um esquema que manipulava apostas esportistas e que chegou à Série A do Brasileirão de 2022.
Alvo de uma operação de busca e apreensão na cidade litorânea de São Paulo em abril, o atleta teve ser celular recolhido e, a partir dele, as provas que o ligaram ao esquema foram escancaradas.
Em novembro do ano passado, Bauermann foi chamado no WhatsApp por um dos integrantes do bando. A oferta: levar cartão amarelo no jogo contra o Avaí. Como “entrada”, o jogador recebeu 50.000 reais. No entanto, não houve a punição de advertência, o que deixou a quadrilha apreensiva e gerou as primeiras ameaças.
No jogo seguinte, como forma de recuperar a credibilidade junto à organização criminosa, segundo os investigadores, Bauermann aceitou a segunda proposta: contra o Botafogo, ele deveria ser expulso. De fato ele levou cartão vermelho, mas depois que o juiz apitou o final da partida. A segunda “pisada na bola” rendeu uma ampla discussão entre as partes. O jogador teria prometido “compensar o prejuízo” para a quadrilha.
Da redação com Veja