Mesmo com um quadro de epidemia em Belo Horizonte, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) acredita que a dengue não será um problema para a Copa das Confederações, que começa em junho. O prefeito justificou o grande volume de doentes na capital com o surgimento de novo vírus e garantiu a extinção da doença. Ele participou de um encontro para tratar de planos operacionais do evento esportivo. BH é a sexta e última sede a receber a reunião que tentou alinhar assuntos de mobilidade urbana, segurança, transporte, acomodações, entre outros. Além do prefeito, estiveram presentes o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o secretário extraordinário para Copa do Mundo, Tiago Lacerda.
“Apesar de nós termos tido os indicadores de infestação em janeiro até menores do que o ano passado, nós tivemos um número maior de casos do vírus tipo 4, atacou com força algumas pessoas sem imunidade. E os casos iniciais detectados em Belo Horizonte foram de pessoas que viajaram para o interior ou o litoral durante as férias. Você sabe que vírus e mosquito não respeitam fronteiras. Nós teremos um retrocedimento desses casos agora em abril. Mas em maio a epidemia que de fato é uma epidemia estará extinta e de fato não chegará à Copa das Confederações”, disse o prefeito. O Ministro Aldo Rebelo evitou falar do assunto, alegando que o prefeito estaria a par.
A capital já registrou duas mortes e 5.757 casos da doença, segundo o último balanço divulgado no dia 27 de março. No estado, as mortes oficialmente confirmadas pela Secretaria Estadual de Saúde chegam a 31, mas não estão contabilizados os óbitos de BH e a morte de um menino de quatro anos em Santa Luzia. Assim, o índice pode subir para 34 no balanço a ser divulgado esta semana.
Na semana passada, o governo do estado e a Prefeitura de Belo Horizonte assumiram enfrentar um quadro de epidemia. As autoridades ainda fizeram uma previsão alarmante: o número de doentes pode aumentar significativamente até a segunda quinzena de abril, devido ao pico de contágio pelo mosquito transmissor da doença.
Uma das principais justificativas para o avanço preocupante da doença é a circulação do sorotipo 4, para o qual a população não está imunizada, além dos os criatórios que se formam em imóveis habitados, responsáveis por cerca de 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti.
Com informações de Estado de Minas