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Belo Horizonte sedia curso de serviços em hemoterapia

  • Categoria: Minas
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Capacitar inspetores em controle de qualidade de laboratórios clínicos e de serviços de hemoterapia. Esse é o propósito do curso que acontece essa semana em Belo Horizonte com inspetores das Gerências Regionais de Saúde (GRS) de Belo Horizonte, Divinópolis, Sete Lagoas, Coronel Fabriciano e Itabira. Técnicos de outros estados, como Pará, Maranhão, Bahia, Mato Grosso do Sul, Piauí, Amazonas e Alagoas também participam do curso.

Cleber Marques, técnico de Vigilância Sanitária em Estabelecimentos de Saúde de Belém e com experiência de 10 anos na área de hemoterapia elogiou a iniciativa de Minas. “A intenção é muito boa, pois busca agregar e divulgar conhecimento sobre sangue. Além disso, dá credibilidade para um tema tão importante, como a transfusão, por exemplo”. Ele completou dizendo que “pretendo levar os conhecimentos para o meu estado e divulgar as informações”.

Com duração de 40 horas/aula, os inspetores vão reciclar e adquirir conhecimentos em três módulos: legislação sanitária em serviços de hemoterapia e laboratório clínico, além de conceitos e teorias. Cristian de Freitas, bioquímico da Fundação Hemominas, é um dos multiplicadores. Ele espera que os inspetores da Vigilância Sanitária conheçam os procedimentos de controle de qualidade de acordo com a norma RDC 153/2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Essa norma prevê que todo serviço de hemoterapia trabalhe com qualidade e forneça esses hemocomponentes, ou seja, o material utilizado a partir do processamento do sangue, com toda segurança para transfusão aos pacientes”, explicou o bioquímico.

Essa já é a quarta vez que o curso é realizado. As outras edições aconteceram em Uberlândia, Pouso Alegre e Juiz de Fora. Em Uberlândia também foram envolvidas, as GRS de Uberaba, Ituiutaba, Patos de Minas e Unaí. Em Pouso Alegre, participaram técnicos de Passos, Varginha e Alfenas. Já em Juiz de Fora estiveram presentes as GRS de Leopoldina, Barbacena, São João del-Rei e Ponte Nova. Ao todo, já foram capacitados 150 técnicos estaduais e 11 da Anvisa.

 

Programa de qualidade - O curso foi baseado no programa “Monitoramento da qualidade sorológica nos serviços de hemoterapia em Minas Gerais”. A idéia de basear o treinamento nesse programa surgiu de uma constatação do coordenador de Vigilância em Hemoterapia, Deodoro Máximo Alencar. “Em 2006 e 2007, fiz um curso e pude constatar o pouco conhecimento da Vigilância em controle de qualidade. Então a idéia foi montar uma capacitação para que os técnicos conheçam a documentação e o que é o controle. Assim, podem efetivamente usar os métodos na inspeção e garantir resultados mais exatos nos exames”, afirmou. Este programa propõe várias etapas, sendo que a primeira delas é uma reunião da Secretaria de Estado de Saúde (SES) com a Fundação Ezequiel Dias (Funed) para um cronograma de coleta de sangue em institutos nos quais existe transfusão.

Após a elaboração do cronograma é realizada uma coleta de 10% da soroteca do instituto na data marcada. A soroteca é um local em que ficam armazenadas as amostras de sangue, por um período máximo de seis meses, do instituto na data marcada. Essas coletas são enviadas para a Funed, que promove a análise nos mesmos métodos que haviam sido feitos no instituto de origem da amostra. São realizados exames de HIV 1 e 2, doença de Chagas, HTLV 1 e 2, sífilis e hepatites B e C. “Essas análises são produzidas para uma comparação com os laudos da instituição. Se não apresentarem divergência, fica demonstrado que a análise foi feita corretamente. Mas se houver diferença, algumas providências são tomadas”, alertou Deodoro.

Nesses casos, a SES comunica a GRS responsável pelo município em que o laboratório se localiza. Em seguida a regional notifica o instituto. “Uma análise fiscal é realizada, que seria como uma contraprova. No entanto, só é realizada caso o cidadão que teve o exame divergente permita”, salientou. “Trata-se de um procedimento importante, pois caso a pessoa apresente alguma das doenças analisadas, é encaminhada para um centro de referência para tratamento”, finalizou.

 

AGÊNCIA MINAS



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