Os indicadores da pandemia em Minas Gerais melhoram. Nos últimos 14 dias, a taxa de incidência, que mede a circulação do vírus na sociedade, caiu 23% – de 247,2 para 171,7 por 100 mil habitantes – e é a oitava menor do país. Já a confirmação de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocada por COVID-19 chegou a 58% na última semana, o menor número desde janeiro. A positividade, indicador que mede o número de pessoas com sintomas gripais que testam positivo para COVID-19, também saiu do patamar de 30% a 49% para menos de 30%, variando entre 26% e 28% nas últimas semanas, segundo informações divulgadas ontem pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
Com a melhora nos indicadores, o Comitê Extraordinário COVID-19, que se reúne semanalmente para discutir a situação da doença no estado, decidiu ontem promover alterações na classificação de parte das macrorregiões de saúde dentro do Programa Minas Consciente. A Sudeste agora avança para a onda verde, a menos restritiva, enquanto a Norte e a Sul passam da vermelha para a amarela, intermediária. Assim, 12 das 15 localidades estão atualmente nas ondas intermediárias e mais flexíveis do plano. Apenas três se encontram na onda vermelha, o Triângulo do Sul, Nordeste e Leste do Sul.
Os novos indicadores demonstram “que o vírus tem circulado menos e gerado menos necessidade de realização de exames. Além disso, os exames realizados têm demonstrado menos positividade para COVID-19. Lembrando que estamos no inverno, um período de grande circulação de outros vírus que provocam sintomas gripais”, afirma o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti.
A espera pela internação também caiu, em relação ao mês de junho, quando 227 pacientes aguardavam um leito. Ontem eram 77. A média de solicitações de internação em UTI COVID-19 teve queda de 30,41%, e o tempo médio de espera por atendimento na última semana foi reduzido de 22 horas para 15 horas.
Essa melhora se deve ao avanço da vacinação no estado, segundo o secretário. “Chegamos a patamares muito superiores nos picos observados neste ano. Agora, estamos em situação muito mais confortável e isso se deve tanto à vacinação quanto às iniciativas do governo do estado para conter a pandemia”, afirmou.
Ele ressaltou ainda que os gráficos mostram um descolamento dos casos leves em relação aos casos graves e óbitos, algo que não acontecia no passado. “Sempre que tínhamos aumento de casos leves, ele levava ao aumento de casos graves e óbitos. Agora, no pico que ocorreu no meio de junho, já não observamos esse aumento proporcional”.
A mortalidade por faixa etária também apresentou uma queda expressiva na população com mais de 60 anos, grupo mais vulnerável à doença. “Nas primeiras semanas de 2021, tínhamos um acúmulo de óbitos na faixa etária 60+ de quase 90%. Agora, chegamos a 60%”, detalhou o secretário Baccheretti.
Com Estado de Minas