Quem visita a Serra do Cipó a 100 quilômetros de Belo Horizonte tem uma parada obrigatória além das diversas cachoeiras, restaurantes e pousadas da região: a Estátua do Juquinha. Porém todos que chegam ao monumento também percebem que ele está deteriorado. Uma matéria do Estado de Minas apontou avarias e também conversou com a artista plástica que fez a obra sobre o que é preciso para reformá-la.
A Estátua do Juquinha fica num dos cumes da Serra do Cipó numa região conhecida com Alto Palácio, pertencente ao município de Santana do Riacho. É uma homenagem a José Patrício, o “Juquinha”, figura histórica que morreu em 1983 e era conhecido por colher flores e sempre-vivas para confeccionar buquês e oferecer aos visitantes.
A estátua foi feita pela artista plástica Virgínia Ferreira em 1987 por encomenda das prefeituras de Morro do Pilar e de Conceição do Mato Dentro. Atualmente Juquinha revela marcas do tempo e abandono como um dedão quebrado na mão direita, bordas do chapéu quebradas, várias trincas pelo corpo e nas roupas e até mesmo vergalhões da estrutura interna expostos e enferrujados.
Em entrevista para o Estado de Minas Virgínia Ferreira disse: “É uma tristeza imaginar que a cada dia que passa a estátua perde um pedaço, uma trinca se abre e a obra vai se perdendo. É um personagem que é símbolo da serra, por onde se anda naquelas terras tem uma lembrança do Juquinha. As pessoas gostam dele, tiram fotos e fazem poses. A estátua do Juquinha precisa ser reformada, e com urgência”.
A artista tem um projeto de reforma que por enquanto aguarda patrocínio para ser executado: “Estou com um projeto de restauração aprovado do Ministério da Cultura, em dezembro de 2022. Só não saiu ainda porque não tem ainda um patrocinador. Quem patrocinar vai poder descontar os gastos no Imposto de Renda e ainda expor sua marca”.
Essa reforma demandaria cerca de dois meses e 15 profissionais envolvidos, conforme detalha Virgínia Ferreira: “Seria preciso fazer aplicação de fungicida, trocar as ferragens deterioradas, fazer a recomposição da estrutura e da forma, limpeza minuciosa, acabamento e aplicação de proteção. É um projeto caro, porque as condições são ruins no local onde fica a estátua. Precisaria abrir uma tenda, hotel ou pensão para as pessoas, transporte, alimentação, gerador de energia elétrica, andaimes e muito mais”.
O monumento espera pelos trabalhos para que Juquinha possa continuar acolhendo a todos que passam pela Serra do Cipó com a simpatia do seu sorriso eternizado.
Da Redação, Vinícius Oliveira.
Fonte: Estado de Minas.