A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) solicita aos municípios com alta incidência de arboviroses (dengue, zika e chikungunya) a instalação de Salas de Hidratação Venosa ou Unidades de Reposição Volêmica para o tratamento de pacientes com sintomas dessas doenças. Segundo a SES-MG, esses locais possibilitarão o acompanhamento dos pacientes fora de unidades hospitalares de alta complexidade, contribuindo para evitar a sobrecarga no atendimento. Conforme o último boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (22 de janeiro), Minas Gerais registra 11.490 casos confirmados de dengue, com 14 óbitos em investigação e um confirmado. Além disso, há 3.067 casos de chikungunya, com uma morte e duas em investigação, e dois prováveis casos de zika em apuração.
A orientação da Secretaria de Estado de Saúde é que esses espaços possam ser instalados provisoriamente em qualquer ambiente adequado, seguindo diretrizes médicas e de saúde pública.
“A instalação dessas estruturas pode servir como unidade de referência para o atendimento de pacientes suspeitos de dengue (classificados como do grupo A e B), chikungunya ou zika, permitindo o monitoramento fora de unidades hospitalares de alta complexidade, com tempo de permanência curto – observação por até 24 horas, tempo necessário para a estabilização do paciente ou encaminhamento para serviços mais complexos”, orienta a SES-MG.
Os critérios gerais para o funcionamento desses espaços podem incluir a incidência de casos no município, a capacidade assistencial local, o protocolo de atendimento, a integração com a Rede de Atenção à Saúde municipal, o monitoramento e acompanhamento do serviço, bem como a comunicação ampla com a população.
Em Ipatinga, que decretou situação de emergência devido ao alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, uma Sala de Hidratação começou a operar na última sexta-feira (19 de janeiro). Localizada ao lado da UPA 24h, a UPA Sentinela atende pacientes com pulseira verde após triagem, com capacidade para 140 pacientes diários. Em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, a prefeitura solicitou o uso de uma igreja para instalar um hospital de campanha devido à projeção de aumento nos casos de dengue e chikungunya na região do bairro Nacional neste ano. O município registra 543 casos de dengue confirmados e 13 de chikungunya. A instalação do espaço está prevista para o primeiro semestre deste ano.
Veja a recomendação da Secretaria de Estado de Saúde
“A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que, dadas as características clínicas e epidemiológicas das arboviroses (dengue, zika e chikungunya), orienta os municípios na organização de serviços e abertura de Sala de Hidratação venosa ou Unidade de Reposição Volêmica em situação de aumento de casos arboviroses.
Os espaços são instalações provisórias que podem ser estruturadas em qualquer área física que tenha as condições adequadas para o funcionamento de serviços de saúde (unidade já existente ou serviço montado para este fim), dentro das condições de segurança para pacientes e trabalhadores.
Essas estruturas podem servir como unidade de referência para o atendimento dos pacientes com suspeita de dengue, classificados como do grupo A e B, chikungunya ou zika, que possam ser monitorados fora de unidades de alta complexidade, como os hospitais, e com tempo de permanência curto – em observação por um período máximo de 24 horas, tempo necessário para a estabilização do paciente, ou encaminhamento para outro serviço de maior complexidade.
As salas de hidratação devem seguir as diretrizes médicas e de saúde pública. Alguns critérios gerais para o seu funcionamento podem incluir o número de casos registrados no município, a capacidade assistencial local, o protocolo de atendimento dos casos, a integração dessa unidade de resposta temporária com a Rede de Atenção à Saúde do município, o monitoramento e acompanhamento do serviço e a comunicação com divulgação ampla do serviço para a população.
A SES-MG ressalta que a sala de hidratação também pode funcionar como local para o acompanhamento diário da evolução clínica dos pacientes já diagnosticados com alguma das arboviroses, reduzindo a demanda na Atenção Primária”.
Da Redação com O Tempo