A Justiça de Minas Gerais recusou um pedido de reintegração de posse da fazenda Aroeiras, localizada em Lagoa Santa, na Grande Belo Horizonte. A propriedade foi ocupada por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na última sexta-feira. O pedido de reintegração foi feito pelos herdeiros dos proprietários da fazenda.
Segundo o MST, cerca de 500 famílias fazem parte da ocupação e estão enfrentando dificuldades para obter suprimentos devido a um cerco realizado pela Polícia Militar. O juiz Christyano Lucas Generoso, que analisou o pedido, afirmou que a documentação apresentada pelos requerentes não era suficiente para comprovar a propriedade do terreno.
A fazenda Aroeiras é disputada por oito herdeiros que, conforme o MST, estão dispostos a dialogar sobre a ocupação do terreno. O terreno está abandonado há mais de sete anos e irregular há 20. O MST argumenta que, além da ociosidade da terra, o local está situado em uma área de avanço da especulação imobiliária, que causa danos à vegetação e compromete recursos hídricos.
Apesar da negativa da reintegração, a Polícia Militar de Minas Gerais permanece no acampamento. O MST acusa a corporação de realizar um cerco e limitar a entrada de pessoas e mantimentos. O grupo afirma que a ação é ilegal diante do que foi decidido na Justiça. A Defensoria Pública de Minas Gerais enviou um ofício à Polícia Militar para pedir o cancelamento da operação.
da redação