O futuro do homem sempre foi objeto de estudos e previsões – a religião, através da escatologia, fala sobre o fim dos tempos – e como este fim se dará. A ciência, no entanto, tenta apontar que o “apocalipse” virá de outras maneiras, tão só provocado pela ação humana. Para um físico austro-americano, o ano de 2026 será o da total extinção da humanidade.
Heinz von Foerster foi um estudioso fundador da cibernética de segunda ordem e apaixonado por disciplinas variadas, como a biologia, filosofia e sociologia, dentre outras. Em 1960, von Foerster criou uma fórmula que previa sobre o crescimento populacional da humanidade – ela foi publicada na revista Science, e é considerada como “A equação do Juízo Final”.
A humanidade espremida para o seu fim
O físico não acreditava (assim como são a maioria das teorias) que o ‘o fim da odisseia terrestre’ seria vindo através de guerras nucleares ou catástrofes naturais. Na verdade, a quantidade de humanos cada vez mais crescente, e de maneira rápida, faria com que não houvesse suprimento para todos. Na época do estudo, haviam 3 bilhões de habitantes no mundo – agora, estamos em 8 bilhões. Na época, os cálculos de von Foerster apontavam que a produção de alimentos obedecia uma progressão aritmética; já a quantidade de pessoas, geométrica.
“A equação do Juízo Final” previu que o marco para o fim da humanidade seria o ano de 2026.
Nesse marco, para o físico, seria onde os humanos estariam sendo “espremidos para o seu fim”: pessoas mais vulneráveis teriam mais dificuldades de sobrevivência e um colapso social estaria pronto para acontecer.
Controle populacional
A solução para evitar o esgotamento de recursos seria o controle de natalidade: para von Foerster, não seria métodos radicais como a “política do filho único” praticada na China, mas uma tributação mais pesada para famílias com mais de dois filhos.
Apesar da previsão, a produção de alimentos deu um salto exponencial nos últimos 60 anos – porém, o planeta dá claros sinais de saturação, com a desertificação e o avanço das mudanças climáticas. A população mundial está concentrada nas cidades, e já existem planos governamentais para melhor aproveitamento do espaço urbano para acomodar mais pessoas.
A política de natalidade para o controle de uma superpopulação ainda é uma conversa embrionária, já que ela é permeada por fatores subjetivos como cultura e religião, por exemplo. Porém, o uso inteligente das cidades e do manejo e produção de alimentos está bem avançado e pode trazer uma solução para evitar este “fim” iminente.