Uma facção criminosa baseada em Belo Horizonte mantinha uma propriedade em Sete Lagoas e outras cidades de Minas; é o que aponta a Polícia Civil em uma operação realizada no último sábado (17).
A operação aconteceu no Aglomerado da Serra. Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em imóveis, empresas e lojas de fachada no Aglomerado da Serra, bairro Pompéia, em Divinópolis e em Foz do Iguaçu (PR). Ao todo 50 policiais civis e um helicóptero foram empenhados. Oito líderes foram identificados e há acusações de outros crimes como tortura, ameaça e um homicídio.
“Esse tem sido um grande esforço policial de investigação, com pessoal em campo fazendo campanas, utilizando de meios e instrumento para colher provas e desestruturar a organização criminosa recolhendo documentações, anotações do tráfico, contabilidades, rastreamento de lavagem de dinheiro entre outras”, destacou o delegado Rodrigo Bustamente, em entrevista ao jornal Estado de Minas.
De acordo com a corporação, foi realizado o bloqueio e sequestro de bens, entre eles carros e imóveis: dois apartamentos no Paraná e uma propriedade em Sete Lagoas. O imóvel, segundo a Polícia Civil, serviria para que os criminosos “mantivessem as aparências” longe da comunidade. “Nesses lugares, eles se passavam por empresários, vivendo vidas sem levantar suspeitas e achando que a distância da comunidade poderia dificultar sua ligação com o tráfico de drogas”, disse o subinspetor Washington Miranda.
A operação já tem dois anos de duração e já conseguiu mapear toda a organização criminosa. A Polícia Civil não tem dúvidas que a facção atua para além dos limites do Aglomerado da Serra, já que o grupo possuía diversidade de tráfico de entorpecentes.
Da redação com Estado de Minas