O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tirou o sigilo da investigação da Polícia Federal sobre a trama golpista que resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas. Esta documentação, com mais de 600 páginas, seguirá para a Procuradoria-Geral da República, responsável por analisar as provas e decidir se denuncia os investigados.
Segundo a Folha de São Paulo, a expectativa é que o relatório final da investigação se torne público ainda nesta terça-feira (26), após a digitalização do material.
A PF concluiu na última quinta-feira (21), após quase dois anos de investigação, a investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 para impedir a posse de Lula (PT).
Segundo a corporação, os envolvidos cometeram três crimes: tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, cujas penas somam de 12 a 28 anos de prisão, desconsiderando os agravantes. Os indiciamentos foram anunciados dois dias após operação que prendeu quatro militares e um policial.
Segundo as investigações, eles conversavam em 2022 em um aplicativo de mensagens sobre um plano para matar o então presidente eleito, Lula (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. No documento juntado aos autos pela PF descreve a possibilidade de “utilização de envenenamento ou uso de [produtos] químicos” para assassinar o petista. No caso de Moraes, a representação policial enviada ao STF afirma que os suspeitos, além de mencionar envenenamento, consideraram “o uso de artefato explosivo”.
com FolhaPress