Os recursos financeiros para transformar a atual área particular em parque poderão vir do FHIDRO, o Fundo Estadual de Recursos Hídricos, informa Alessandra Lisboa, consulta ambiental da Frente. Ainda não há decisão sobre como fazer a transformação do terreno de, aproximadamente, 75 hectares, em parque municipal. Uma das opções seria a desapropriação. Também sem levantamento oficial, o investimento ficaria, no mínimo, em cerca de R$ 20 milhões, mas o número poderá chegar a níveis maiores quando for, efetivamente, feito o cálculo oficial. Outra possível linha de financiamento poderá vir do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público.
Patrimônio histórico – Outro tema da reunião entre a Frente Parlamentar de Meio Ambiente e o prefeito Maroca foi a demolição de casas consideradas de valor histórico, em especial a antiga loja José da Rocha e a casa do artista plástico Luciano Diniz. O vereador e historiador Dalton Andrade requereu providências ao prefeito, pois ambas as demolições foram feitas sem autorização prévia do Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural de Sete Lagoas. “Eu não concordo com isso”, disse Maroca. “Ainda que eu ache que esta ou aquela área não seja histórica, é preciso ouvir o Conselho”, ressaltou o prefeito. Para Dalton Andrade, “o Conselho já definiu o que é histórico na cidade. Na verdade vivemos uma dialética, pois à medida que vamos nos inteirando sobre o tema não derrubamos nada sem saber, sem examinar, mantendo, assim, a integridade dos elementos de identidade e memória de Sete Lagoas”. Ao mesmo tempo, o vereador lembra que “todo o perímetro da Lagoa Paulino foi tombado”. Maroca salientou o momento como o mais adequado para esta discussão e disse: “não há ninguém mais saudosista do que eu, queria refazer Sete Lagoas”. Aos vereadores, deu em primeira mão a notícia do que pretende fazer com a própria casa, nas proximidades da Feirinha. “A minha casa será tombada”, declarou.
A respeito do Mini-zoológico Municipal, interditado pelo Ibama em dezembro do ano passado, Maroca informou aos vereadores da Frente Parlamentar de Meio Ambiente que aguarda parecer do Instituto para tomar decisão. “Uma das questões do Ibama é: vale a pena o mini-zoológico funcionar naquele local?”, relatou Maroca. Por motivos administrativos, o Ibama multou a prefeitura em R$ 465 mil em virtude de uma sucessão de ilegalidades e mal gerenciamento do espaço público, um fato após o outro, gerando um acúmulo de desacertos. O atual governo recorreu da decisão, mas aguarda o resultado.
Reforço – Na reunião desta segunda-feira, 8, a Frente Parlamentar de Meio Ambiente apresentou para a imprensa e ao prefeito Maroca as duas mais recentes adesões. A partir de agora, a Frente conta com a participação dos vereadores Milton Saraiva (vice-presidente da Câmara) e Gilberto Doceiro (PMDB).
Assessoria de Imprensa – Caio Pacheco
Crédito da foto: Caio Pacheco