Depois de desapontar os investidores com os resultados de 2023 e sofrer uma queda nas ações da Bolsa, o Bradesco revelou um plano estratégico de cinco anos para recuperar sua rentabilidade e agilizar sua estrutura decisória.
O recém-empossado CEO do banco, Marcelo Noronha, destacou que este será um período de transição, esperando que os primeiros frutos dessa estratégia sejam colhidos em 2025.
No pregão da B3, as ações ordinárias (ON) do Bradesco encerraram com uma queda de 13,02%, atingindo R$ 12,63, enquanto as preferenciais (PN) caíram 15,90%, para R$ 13,96. No segundo dia, os papéis continuaram em forte baixa, recuando 2,87%. Em apenas dois dias, o banco perdeu R$ 26,8 bilhões em valor de mercado, segundo dados do Valor Data, ficando avaliado em R$ 138,76 bilhões na Bolsa.
Os resultados abaixo das expectativas, como no quarto trimestre de 2023, contribuíram para as incertezas sobre o futuro do banco. Naquele período, o mercado esperava um lucro de R$ 4,6 bilhões, mas o Bradesco registrou apenas R$ 2,9 bilhões, devido a provisões relacionadas a problemas com clientes corporativos.
De acordo com Ramon Coser, especialista da Valor Investimentos, o ponto que mais incomodou o mercado foi a inadimplência, que atingiu seu pico em junho. Os atrasos de 15 a 90 dias permaneceram em 4,1%, enquanto a inadimplência acima de três meses foi de 5,1%, uma melhoria de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, mas ainda alta em comparação com outros bancos.
da redação com InfoMoney