A Justiça Eleitoral de Sete Lagoas está apurando sobre um caso de fraude em uma candidatura nas eleições municipais em Cachoeira da Prata. A acusação é de que a direção do Partido Progressistas (PP) colocou uma mulher para concorrer como vereadora para completar a cota mínima prevista por lei.
![Foto: Thelma Assis / reprodução / conhecaminas.com](https://setelagoas.com.br/wp-content/uploads/2024/05/cachoeira-da-prata.jpg)
A denúncia foi realizada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de Cachoeira da Prata. No pleito de 2024, o PP montou uma chapa com sete homens e três mulheres, que preenchia a cota mínima dita por lei. De acordo com a acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE), na qual o SeteLagoas.com.br teve acesso, uma das candidatas, Cassiana Nascimento Miranda, não teria concorrido de fato ao pleito, sem usar material gráficos de campanha nem feito campanha nas redes sociais.
Segundo o MPE, a então candidata teria dito que não queria ter participado das eleições, e que colocaram seu nome na ata de convenção partidária sem seu consentimento. Cassiana teria pedido para retirar o nome, porém, o presidente do PP de Cachoeira da Prata, Nilson Ferreira teria informado que não o poderia ser feito mais.
A candidata “fantasma” teve oito votos.
Na denúncia, o presidente do PP local (que também concorreu às eleições), disse que a ação correu dentro da legalidade e que 16 dos 64 candidatos a vereador que Cachoeira da Prata teve tiveram oito ou menos votos.
Vídeo que comprovaria fraude
Na peça de acusação, o Ministério Público Eleitoral aponta supostos áudios encaminhados via WhatsApp sobre uma orientação de Nilson Ferreira para Cassiana Miranda. Nele, o presidente do partido diz que não era necessário que ela fizesse campanha e que ela receberia dinheiro e cesta básica como “compensação”.
A promotoria de justiça pede o indeferimento de candidatura de Cassiana, e com isso, o partido perderia a vaga na Câmara Municipal, ocupada por Milton Magalhães – ele recebeu 117 votos.
Denúncia também atinge outros partidos
Ainda no processo que investiga o caso de Cassiana, o presidente do PT de Cachoeira da Prata Bruno Soares fez uma outra representação denunciando que o Partido Liberal (PL) e o Podemos teriam praticado fraudes, alegando que foram ao todo cinco candidaturas falsas na cidade – 3 do PL e uma em Podemos e PP, respectivamente.
Para a reportagem, o presidente do partido fala que a prática é comum na cidade: “A gente preza pela lisura do processo democrático na nossa cidade, concorremos com poucos candidatos, fomos um grupo político diferente, onde a gente tem em mente em acabar com esse vício que acontece muito na cidade, colocar pessoas apenas para compor chapa”, afirma Bruno.
O SeteLagoas.com.br entrou em contato o presidente do PP Nilson Ferreira, e aguarda retorno.