O mundo do trabalho já não é mais o mesmo. Isso é óbvio! Desde o trabalho do artesão até a produção em série, bem como a Revolução Industrial, trouxeram diversas mudanças no modo de trabalho, que impactaram tanto na forma de produzir quanto na forma de operar e fazer do trabalhador e da gestão nas empresas. No primeiro dia do mês de maio, comemorou-se o Dia do Trabalhador e, apesar de ser um tema amplo, quero focar no futuro do trabalho: quais as tendências? A IA – Inteligência Artificial tomará nosso lugar?

No dia 08 de janeiro de 2025, o Fórum Econômico Mundial, realizado em Genebra, Suíça, apontou que 22% dos empregos mudarão até 2030. Com isso, 92 milhões de empregos serão extintos, porém, 170 milhões de novas funções serão criadas. A questão que perpassa é: como vamos lidar com essas mudanças inevitáveis? Se a forma de trabalho está em processo de otimização pela tecnologia e expansão da IA, é hora também de nos atualizarmos, pois fica evidente e constatado que essas mudanças irão exigir de nós novas habilidades, novos conhecimentos e, é claro, atualização sobre IA.
No processo de mudança tecnológica, como por exemplo da datilografia para o mundo da computação, não podemos negar que há resistências para mudanças, do mesmo modo que não se pode negar que essas modificações nos trouxeram desenvolvimento pessoal e profissional. A grande questão que quero trazer-lhes hoje é sobre a humanização no trabalho, pois as revoluções no mundo do trabalho e o uso da tecnologia não podem retirar aquilo que é humano: as conexões, o olhar e a escuta no trabalho. Afinal de contas, por trás da tecnologia há pessoas, humanos — e não humanoides.
O modo relacional, a interação, a segurança psicológica e o contato humano não podem ser extintos. Portanto, é preciso conscientização sobre o tema. É necessário compreender que o papel do humano nas corporações deverá seguir estratégias inclusivas, e a gestão de pessoas não deverá ser deixada de lado. A força de trabalho estará também no capital intelectual e no capital de inteligência emocional, na gestão coletiva no trabalho. Investir nas pessoas e nas relações para prevenir o adoecimento mental nas empresas não será artificializado. A colaboração, a comunicação e o cuidado com pessoas não podem ser extintos, pois os fatores psicossociais ligados ao trabalho também serão afetados com as novas práticas.
Contudo, é preciso se atualizar, se preparar e não perdermos o que há de mais importante para nosso crescimento sustentável: a humanização no ambiente de trabalho. A atualização da NR-1 sobre os riscos psicossociais tem como premissa o cuidado coletivo nas empresas com a saúde mental no trabalho. Não dá mais para reproduzir trabalho precarizado, sem saúde, sem bem-estar. É preciso humanizar no trabalho para não robotizar vidas e histórias que são a mola propulsora de crescimento nas empresas.
Quer saber sobre como humanizar e levar bem-estar para sua equipe? Fale comigo!
Juliana A. M do Canto, psicóloga.
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