Vivemos uma mudança profunda na relação capital-trabalho. Durante décadas, o vínculo entre empresas e colaboradores era estritamente funcional: o trabalhador executava suas tarefas e, ao final do mês, recebia seu salário. Para muitos empregadores, bastava que o colaborador “fizesse o seu trabalho”. Esse modelo tradicional, porém, vem sendo superado por uma nova lógica organizacional.

No século XXI, impulsionadas por líderes que compreendem a complexidade e os desafios do mercado global, as grandes empresas entenderam que não basta contratar alguém para ocupar uma função. É preciso contar com pessoas que assumam papéis estratégicos — profissionais que atuem com propósito, que contribuam diretamente para que a empresa alcance a excelência e se torne uma instituição vencedora.
Imagine que você acumulou um capital significativo e decidiu abrir uma indústria de autopeças. Estruturou a empresa, adquiriu maquinário, investiu em tecnologia e infraestrutura, criou uma marca reconhecida nas redes sociais e na imprensa regional. Mas ainda assim, falta o principal: as pessoas. São elas o verdadeiro motor do sucesso empresarial.
Gente qualificada, com competências técnicas e comportamentais alinhadas à missão da empresa, é hoje o investimento mais estratégico que um empresário pode fazer. Como afirma Idalberto Chiavenato, “as pessoas são o recurso mais importante de uma organização”. Portanto, após definir o capital de investimento, é fundamental contar com uma assessoria de recrutamento capaz de identificar talentos com expertise, atitude e senso de pertencimento.
Contratar a pessoa certa significa mais do que preencher uma vaga: é encontrar um colaborador que traga resultados, que compreenda o seu papel dentro da organização e esteja disposto a caminhar junto em direção ao crescimento. Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, já afirmava que “a cultura devora a estratégia no café da manhã”. Ou seja, mais do que habilidades técnicas, o que define o sucesso de uma empresa é o engajamento com sua missão e valores.
Um profissional alinhado com o propósito institucional será naturalmente mais feliz, motivado e produtivo. Ele entende que seu trabalho vai além da execução de tarefas — ele está ali para gerar valor. E quando isso acontece, o reconhecimento vem não apenas em forma de remuneração, mas também como realização pessoal.
Um colaborador que desempenha um papel relevante na empresa é alguém que sabe exatamente onde quer chegar. Tem clareza de seus objetivos profissionais e entende que, ao contribuir para o sucesso da organização, também está investindo no seu próprio sucesso. Como destaca Richard Sennett, em seu estudo sobre o novo mundo do trabalho, “servir com propósito é o caminho mais eficaz para encontrar sentido e felicidade no ambiente profissional”.
Por isso, é essencial que o colaborador conheça a missão da empresa e avalie se ela se alinha com seus valores e aspirações. Saber para onde se quer ir é o primeiro passo para entender se você é a pessoa certa para aquela função — seja qual for o setor.
Em um mundo onde o capital é abundante, mas a inteligência emocional e o compromisso são escassos, o diferencial competitivo está nas pessoas certas, nos lugares certos, cumprindo papéis com propósito.