Visivelmente cansada e indignada com a água que chega para as casas da Rua Celso Machado, no bairro Emília, Sílvia Regina de Oliveira, foi atendida no pedido de fazer seu desabafo na tribuna da Câmara, durante a reunião dessa quinta-feira, 20. Por cerca de 20 minutos a líder comunitária falou e não poupou cobranças aos vereadores a quem foi pedir ajudar para resolver a situação.

Sílvia falou por mais de 20 minutos na tribuna da Câmara / Foto: Alan Junio

Para comprovar o que dizia, Sílvia levou uma jarra com água de coloração escura que, segundo ela, é a que chega nas torneiras da casa onde vive. A mulher disse que já chegou ao ponto de ter que sair de casa de toalha para enxaguar do banho na casa de uma vizinha por conta do estado da água. Sentadas no plenário, algumas vizinhas de Sílvia ratificavam tudo que era dito.

“Nós queremos e vamos lutar muito. Cobrem, fiscalizem, façam jus ao salário de vocês. Estamos cobrando e vamos pegar pesado. Se (os vereadores) não ajudarem a gente vai dar trabalho”, ameaçou.

Moradora do bairro Emília levou uma amostra da água que chega em casa / Foto: Alan Junio

Incomodados, vários parlamentares pediram a palavra para se justificarem. Um deles foi Milton Martins, PSC, que se defendeu dizendo que vários pedidos e requerimentos já foram apresentados. Marcelo Cooperseltta, PMN, corroborou a fala do colega e completou dizendo que todos os vereadores já apresentaram pediram pedidos nesse sentido, mas que não são atendidos pelo executivo.

Depois de colocar a situação e ouvir os vereadores, Sílvia deixou a Câmara com a promessa renovada de que o legislativo fará o que for possível para ajudar. O problema causado na região de Sílvia pode ser o mesmo que acometeu outros bairros e que, segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto, SAAE, poderia ser causado pela chuva, veja AQUI.


Por Marcelo Paiva