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O economista observou que alguns bens de consumo, como carros, tiveram queda nas vendas em outubro, mas disse que já está havendo recuperação. “E o comércio é o último setor da economia a ser atingido, se houver uma desaceleração mais forte”, destacou Thadeu. O momento é de desaceleração em algumas áreas da indústria, que estão diminuindo a produção.
No comércio, entretanto, isso não aconteceu. Carlos Thadeu de Freitas disse que o ritmo no setor ainda é satisfatório, porque o nível de renda e de crédito no Brasil está bastante positivo. Ele estima, entretanto, que em 2009 os efeitos da crise no comércio poderão ser mais fortes, se a economia continuar desaquecendo.
Já o crédito ao consumidor ficou mais caro este ano, embora seja encontrado com facilidade, ao contrário do ocorre com algumas empresas. Thadeu acredita que no próximo ano a venda de bens de consumo duráveis deve desacelerar um pouco, mas ressalta que os semi-duráveis e os não-duráveis continuarão bem. “E grande parte do comércio hoje é bens de consumo não-duráveis”. Para ele, tudo leva a crer que em 2008 o comércio crescerá 9,5%. Para 2009, a previsão é de 6%.
O economista considerou correta a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), medida que, segundo ele, já está contribuindo para manter o nível de venda de automóveis. “É uma medida correta. O governo está simplesmente baixando a carga tributária, o que já devia ter feito há mais tempo”, afirmou. Thadeu alertou, no entanto, que ninguém qual é a profundidade, nem a duração da crise externa. E ressaltou que, se a crise se aprofundar nos Estados Unidos, o Brasil exportará menos e sofrerá maiores conseqüências.
Agência Brasil