A Igreja Cristã Maranata (ICM), fundada em 1968 no município de Vila Velha, no Espírito Santo, adota um modelo de gestão singular. Nessa denominação evangélica, os pastores atuam como voluntários, não recebendo qualquer remuneração por levar a mensagem de Deus aos fiéis. Além disso, a ICM não faz a cobrança tradicional de dízimos ou ofertas durante os cultos, prática comum em muitas igrejas neopentecostais.
O modelo de gestão da Maranata permite que seus recursos sejam direcionados para ações sociais, missões evangelísticas e projetos ambientais. Essa abordagem também possibilita a construção de templos em todo o país, independentemente da região, mantendo as mesmas características arquitetônicas. A ICM considera essas práticas como uma experiência de fé, sem criticar outras igrejas que seguem diferentes abordagens.
Atualmente, mais de 5 mil pastores estão vinculados à Maranata. Eles desempenham suas funções como voluntários, mantendo suas famílias por meio de outros ofícios. Por exemplo, o pastor Josias Júnior, publicitário de formação, trabalha na igreja durante o dia e atua como pastor voluntário após o expediente. Da mesma forma, o pastor Alexandre Melo Brasil, advogado previdenciário, também concilia sua profissão com o serviço pastoral.
Na ICM, o desenvolvimento dos pastores ocorre ao longo dos anos, e eles não precisam ser formados em teologia. O chamado divino é percebido a partir das experiências vivenciadas na comunidade. Assim, os pastores contribuem para o rebanho, orando, pregando e realizando cultos, mesmo em contextos internacionais, como no caso do pastor Alexandre, que recentemente estava em uma reunião com fiéis do Uzbequistão.
Em resumo, a Igreja Cristã Maranata destaca-se por seu modelo de gestão baseado na fé, voluntariado e uso responsável dos recursos, proporcionando uma experiência única para seus membros e pastores.
da redação com Revista Oeste