A explosão de uma caldeira na manhã de segunda-feira, 4, no Bairro Ouro Branco, em Sete Lagoas, deixou dois funcionários de uma empresa de fabricação de geléia de mocotó bastante feridos. O acidente foi na empresa Geléia de Mocotó Real e mobilizou uma guarnição do Corpo de Bombeiros. Parte da caldeira que explodiu foi arremessada a 50 metros de distância, estourando um pedaço do muro que circunda o local. Com o estouro, dois funcionários sofreram queimaduras de segundo grau. Foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) os trabalhadores Paulo Geraldo Gomes, 58 anos, e Alisson André da Silva, 28 anos.
O acidente ocorreu por volta de 8 horas. Vizinhos e familiares, assustados, procuravam saber notícias de amigos e parentes que trabalhavam na pequena fábrica. O estado das vítimas não era grave e, até o fechamento desta edição, já haviam sido liberadas. Por causa do forte vapor que veio da caldeira no momento da explosão, Paulo sofreu queimaduras no rosto e Alisson foi atingido no tronco. O cheiro de queimado e do mocotó utilizado para a fabricação da geléia se espalhou na região do Bairro Ouro Branco. Os proprietários da pequena fábrica não quiseram se manifestar. Grosseiramente, ao ser abordado pela reportagem, um dos filhos do empresário dono da empresa falou para que pegássemos informações com os “curiosos”, que cercavam o local.
O comandante do Corpo de Bombeiros, Marco Aurélio dos Santos, afirmou que, aparentemente, o funcionamento da fábrica era legal. “Todos os projetos de prevenção contra incêndio desta empresa foram aprovados. O que ocasionou a explosão pode ter sido a pressão que estava muito alta ou a vida útil do equipamento, que parecia estar comprometida”, avaliou. Toda a documentação coletada pelos Bombeiros será verificada pelo batalhão para que seja emitido um laudo conclusivo.
Por Celso Martinelli