Há cinco meses um caso que chocou Sete Lagoas segue ainda sem solução – o caso de crianças que eram agredidas em uma creche particular do bairro Nossa Senhora das Graças está parado por conta de falta de funcionários.
Em outubro de 2017, o SeteLagoas.com.br denunciou o caso: mães foram chamadas pelo Conselho Tutelar para ver um vídeo onde a dona da creche fazia diversos tipos de maus tratos, como beliscões, puxões de orelha, dentre outros.
Traumatizadas, muitas delas não conseguem se adaptar em novas escolinhas: “[Meu filho] ainda está muito nervoso, com medo de entrar em outras escola. Ele está muito arisco, não aceita brincadeiras, está muito difícil”, lamenta uma das mães que prefere não se identificar.
Uma outra mãe, que também não quis se identificar, comentou à reportagem que notava uma mudança de comportamento da filha, naquela época com um ano e oito meses – a garotinha estava na creche desde quando tinha seis meses. “Logo após a descoberta da situação, ela passou por uma fase difícil: agressividade, terrores noturnos, às vezes passava 40 minutos ou uma hora chorando direto, se agarrando em mim e não soltava”, diz. Estas crises duraram um mês.
Enquanto pais e filhos curam as feridas das agressões, a acusada está livre: nas redes sociais pode-se notar a felicidade da mulher, que está com casamento marcado. E isso revolta os pais, que esperam uma solução: o Ministério Público fez a denúncia e a Polícia Civil realizou todas as investigações e coletas de depoimentos dos envolvidos.
A investigação está na Delegacia da Comarca – que está há dois meses paradas por falta de um escrivão de polícia, de conhecimento da Delegacia Regional. Segundo o setor, a escrivã lotada tem previsão de retorno na próxima semana. Mas, apesar do caso estar parado por falta de funcionários, a delegacia afirma que o caso está adiantado e, suprido este problema, terá seguimento para a Justiça. A Delegacia Regional afirmou para o SeteLagoas.com.br que a falta de escrivão será solucionada.
Enquanto isso, resta esperar. “Não consigo confiar em ninguém para cuidar das minhas filhas”, relata uma das mães. Outras têm problemas até para conseguir psicólogo para o filho, já que não encontram profissionais para atender as crianças, por conta da idade
Da redação