O Departamento de Justiça dos Estados Unidos quer que o Google desfaça-se do navegador Chrome, a fim de quebrar seu monopólio. O setor que cuida de ações antitruste aponta que a big tech detinha, de maneira ilegal, a ‘exclusividade’ no mercado de buscas online.
A decisão é da última quarta-feira (20). O órgão, ligado ao governo norte-americano, quer que o Google faça uma profunda reestruturação dos seus negócios. Em agosto deste ano, a Justiça dos EUA considerou que a empresa detinha o monopólio ilegal do mercado de buscas e que teria que acatar as correções até agosto de 2025.
As investigações concluíram que a empresa havia pagado cerca de US$ 26,3 bilhões em 2021 para se tornar o mecanismo de busca padrão de aparelhos de empresas como Apple e Samsung. Avaliada em US$ 2 trilhões, é dona de cerca de 67% do mercado global de navegadores.
O Departamento de Justiça norte-americano pediu à Justiça que mande o Google escolher entre vender seu sistema operacional Android ou que parasse de tornar seu serviço obrigatório em celulares que têm o sistema, sob pena de que venda o Android de maneira forçada. E para complementar, que impeça a big tech de firmar acordos para se tornar o mecanismo de busca padrão de empresas e determine que o Google forneça acesso aos seus dados de resultados de busca por 10 anos.
Esta decisão, se acatada pelo judiciário local, poderá também forçar o acordo que o Google mantém com a Apple, que mantinha a empresa como buscador padrão de seus dispositivos desde 2003. A ‘maçã’ perderia, anualmente, uma receita de 20 bilhões de dólares.