O saxofonista, compositor e arranjador sete-lagoano Cléber Alves realiza seis concertos em dez dias entre Alemanha e Suíça, no período de 11 a 20 de janeiro. Os shows serão em formato quarteto. Ele estará acompanhado pelos músicos brasileiros Ricardo Fiuza (piano), Dudu Penz (baixo) e Mauro Martins (bateria). O repertório terá como base o CD “Cléber Alves Quarteto ao Vivo no Bird’s Eye” que foi lançado no início de 2017 na Suíça, no próprio Bird’s Eye Jazz Club onde ocorreu a gravação, incluindo composições autorais e algumas versões para músicas de Milton Nascimento, Toninho Horta e outros. Na Alemanha ele se apresenta em Weinstadt, Karlsruhe, Lörrach e Reutlingen; e na Suíça em Basel, onde estará de volta ao Bird´s Eye.
Natural de Sete Lagoas, boa-vistense, e residente em Belo Horizonte, ele tem quatro CDs gravados: “Temperado” (1998), “Revinda” (2005), “Ventos do Brasil” (2011) e “Cléber Alves Quarteto ao vivo no Bird‘s eye” (2015). Ex-aluno de Nivaldo Ornelas e Paulo Moura, Cléber Alves construiu uma carreira sólida, com uma mistura criativa de técnica impecável, bom gosto nas interpretações e composições ricas e originais. Boa parte de sua formação foi durante os dez anos em que morou na Alemanha (1989-1998). Fez graduação e mestrado em jazz e música popular na Universidade de Música de Stuttgart (classe, Prof. Bernd Konrad).
Na Alemanha, tocou em festivais de jazz e desde 2001 faz turnês regulares na Europa, interrompidas apenas durante a pandemia e no período de seus estudos para doutorado. De volta ao Brasil, em 2003 foi um dos vencedores do Prêmio BDMG Instrumental, em Belo Horizonte. Desde então convive no cenário musical, atuando entre vários músicos compositores, arranjadores e instrumentistas como Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Juarez Moreira, Wagner Tiso e muitos outros.
Em 2005 gravou o CD “Revinda”, que mereceu o Prêmio Marco Antonio Araújo de Melhor Disco Instrumental de 2006 em Belo Horizonte. Em 2011 lançou o CD “Ventos do Brasil”, formado por instrumentos de sopros, baixo e bateria, substituindo a tuba e a percussão, sem instrumentos de harmonia.
É também professor, doutor, em música popular, na Escola de Música da UFMG. Foi coordenador e dirigente da Geraes Big Band da UFMG de outubro 2013 a dezembro de 2019. Sua tese de doutorado foi concluída em 2019 no programa de Pós-graduação em música da Escola de Música da UFMG com o título “PAULO MOURA E A BOSSA NOVA INSTRUMENTAL – Análises e reflexões sobre práticas interpretativas e arranjos (1968-1969)”.
Texto em colaboração com Julio Assis