A jovem Laysa Peixoto Sena Lage, de 18 anos, que descobriu um asteroide, no ano passado, concluiu o treinamento de astronauta na NASA, nesta quinta-feira (9).
O curso no Alabama, nos EUA começou no dia 29 de maio.
“Agora é oficial, concluí meu treinamento de astronauta!”, disse Laysa nas redes sociais
Laysa vai ficar nos Estados Unidos por mais alguns dias, tempo de conhecer outros complexos da NASA.
Ela embarcou para os Estados Unidos no dia 24 de maio, levando na mala o sonho de ser a primeira mulher brasileira a ir para o espaço.
A jovem desembarcou antes na casa de uma tia, em Nova York.
“Estou muito animada e cheia de expectativas para realizar um sonho”, disse Laysa no dia 24 de maio ao g1.
No final de maio, Laysa contou que descobrir um asteroide e ser medalhista de olimpíadas científicas ajudou Laysa a passar na seleção. Ela levou a prata na 23ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em 2020, e chegou à final da Competição Internacional de Astronomia e Astrofísica, sendo contemplada com a de bronze.
“Serei tripulante da Expedição 36 do curso Advanced Space Academy da NASA, em que serei treinada como astronauta. Esse é um grande passo na minha jornada até me tornar a primeira mulher brasileira a ir ao espaço, que é meu maior objetivo”, disse Laysa.
Doações para despesas
No ano passado, ela criou uma “vaquinha” para para conseguir arcar com as despesas da viagem.
“Recebi ajuda de muitas pessoas que estão me apoiando nessa ‘jornada nas estrelas'”, disse Laysa.
Relembre a descoberta do asteroide
Laysa descobriu asteroides para a Nasa em agosto e o batizou de LPS 003, suas iniciais.
Ela se interessou pelo tema no início de 2021, quando viu no site da Nasa a campanha de “caça asteroides”. O projeto é realizado em parceria com a The International Astronomical Search Collaboration.
“Desde o início do ano, participo da caçada aos asteroides da Nasa. Eu vejo as imagens pelo telescópio e estudei o sistema solar do instituto no Havaí. Analiso pixel por pixel da imagem, percebo algumas características e valores. Aí fui enviando relatório para eles. Depois de um tempo, eles comprovaram que era um asteroide mesmo e, por enquanto, ele terá as iniciais do meu nome. Ganhei até certificado”, contou Laysa
Na época, ela estava no 2º período de física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Laysa estudou em uma escola pública e sempre foi apaixonada pelas estrelas.
A “caçadora de asteroide” faz parte do Observatório Astronômico da UFMG.
Com g1