A volta da cobrança de pedágio na BR-040, no trecho entre Sete Lagoas e Belo Horizonte, reacendeu a discussão sobre os valores das tarifas, gerando forte reação da população e de autoridades locais. Após um período sem cobrança desde agosto de 2024, a nova concessionária, Via Cristais, assumirá a gestão da rodovia em 10 de março, com tarifas consideradas abusivas por muitos.
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A Vinci Highways, grupo francês responsável pela Via Cristais, passará a operar o trecho entre Belo Horizonte e Cristalina (GO), totalizando 594,8 quilômetros de rodovia, por um período de 30 anos, após vencer o leilão realizado em setembro de 2024.
A população de Sete Lagoas, que utiliza a rodovia para o deslocamento diário entre o município e a capital mineira, está preocupada com o valor do pedágio, que, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), ainda está sujeito a ajustes. O valor inicial divulgado no edital é de R$ 16,94 para carros de passeio, um aumento significativo em comparação à média nacional, que gira em torno de R$ 6,30 por praça de pedágio.
Câmara de Sete Lagoas reage a tarifa “abusiva”
Esse reajuste tem gerado um forte descontentamento na região. A Câmara Municipal de Sete Lagoas, por meio de uma moção assinada por todos os vereadores, na manhã desta terça-feira (25), manifestou sua insatisfação com os elevados valores da tarifa e encaminhou o protesto às autoridades competentes, incluindo a ANTT, a Via Cristais e outras câmaras municipais da região. O documento destaca que o aumento é considerado abusivo, pois ultrapassa em mais de 30% o valor médio cobrado no país, prejudicando especialmente os pequenos empresários, autônomos e trabalhadores que dependem da rodovia para suas atividades.
O impacto do novo valor é significativo, afetando diretamente os orçamentos das famílias e empresas locais. Além disso, a moção de protesto cita que o aumento desproporcional de tarifas é uma prática abusiva, conforme o Código de Defesa do Consumidor, e pede uma revisão do ajuste. O objetivo é sensibilizar as autoridades sobre as dificuldades impostas aos usuários da rodovia, buscando uma solução que equilibre os custos com a viabilidade econômica da região.
Confira a moção abaixo: