
Emocionados, os familiares dos pacientes acompanharam surpresos a exposição dos trabalhos dos pacientes-artistas. Nos quadros, a representação da tristeza e da alegria. Para Geralda Cassimiro de Oliveira, o trabalho do Centro de Atenção Psicossocial, principalmente a oficina de artes e artesanato, representa uma melhora significativa na vida do seu filho de 10 anos. “Antes ele chorava muito, vivia triste pelo canto. Depois de dois anos de tratamento, com muita arte, vemos uma criança com melhor convivência social e bem menos agressiva”, relata.
Papel importante nas oficinas exerce a estilista Maria Laura Maciel que, de forma voluntária, passa para os pacientes as tendências da moda e o acabamento mais adequado a ser aplicado no que é produzido. “Tornamos os produtos mais atrativos, respeitando sempre as características impostas por cada um dos pacientes. Com paciência, respeitamos os limites e a vontade de cada um dos assistidos”, explicou.
De acordo com Simony Mascarenhas, o objetivo das oficinas é buscar a socialização dos pacientes. “É nossa meta formar uma cooperativa, cujos valores arrecadados serão revertidos para a ampliação dos trabalhos na própria unidade”, conta. Para a identificação dos produtos do CAPS Sete Lagoas Adulto, foi criada a logomarca “Loko é Poko” pela empresa Papel é Tudo.
O secretário municipal de Saúde, José Orleans da Costa, anunciou que é objetivo do município até o final do ano criar o CAPS Álcool e Drogas, além de disponibilizar pelo menos dois leitos para pacientes que porventura necessitem pernoitar na instituição. “Devemos aprender a conviver com as diferenças. A Saúde Mental busca a reinserção desses pacientes na sociedade”, considera. Os interessados em adquirir os produtos artesanais do CAPS Adulto podem procurar a unidade na rua Major Castanheira, 116, Centro, das 8 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.
Celso Martinelli