Quem são suas referências de imagem e comportamento?! O que fazem e o que sabem essas pessoas?! Atualmente, todos podem ser blogueiros, formadores de opinião, assinando colunas e textos cheios de afirmações. Ditam regras, orientam, falam do que sabem e, muitas vezes, do que não sabem. No entanto, vale analisar a bagagem dessas pessoas antes de se jogar de cabeça em indicações falhas e rasas de quem brinca de jornalista ou consultor apenas pelo mero prazer de ser uma suposta sumidade no assunto. Muita calma.
Conhecimento não se esconde. É aquilo que faz parte da sua formação, da sua vivência e, claro, da sua história de vida. Em se tratando de imagem, de visual, é fácil verificar o que realmente faz parte, ou sentido. Neste ponto, são muitos os blogs de moda e comportamento. Dezenas de centenas de meninas ou mulheres que dizem o que sabem e o que não sabem. E, entre algumas delas, os chamados publieditoriais escondem entre suas linhas a venda de espaço e opinião maquiada de conselho ou dica. Já pensou?! Tudo bem pensar que um blog, ou um site, deve ter o seu faturamento, ainda mais quando for fruto de horas de trabalho. Mas, é no mínimo justa e esperada uma atitude como a da blogger mineira Lu Ferreira, do Chata de Galocha, que indica quais dos seus posts são fruto de jabá ou publieditorial. Ou seja, ela deixa bem claro que aqueles produtos apresentados foram um presente ou que a marca tema do post pagou para divulgar seus itens. Assim, é bem mais fácil avaliar a opinião em questão e o blog, o espaço, fica muito mais simpático!
Além disso, voltamos para o assunto da referência. De repente, uma multidão acordou decidida a postar seus looks como inspiração ou referência. O look do dia passou a carregar muito mais do que seu caráter inicial, de ensinar ou apresentar alguma proposta, ou mesmo como forma de auto-avaliação. Ele passou a ser o reflexo da vaidade e, outras vezes, uma mera forma direta e simples de mostrar posses ou conquistas. Sabe como?! Os blogs pessoais viraram uma vitrine do consumismo e um péssimo exemplo de pessoas que gastam tudo o que podem, e não podem, para sustentar uma imagem totalmente falsa e superficial. A concorrência entre as blogueiras, aliás, virou algo assustador. É uma corrida eterna entre ver, ter e postar, um ciclo que nunca acaba! E entre fotos lindas, feitas por fotógrafos profissionais, uma sucessão de erros de português que não escondem algo que vai bem além da casca: a ignorância. Ui.
Ora, vamos deixar isso de lado! O que mais importa na questão da imagem, do visual, é se sentir bem com o que você veste! Mais do que ter, o que vale é acordar, escolher uma roupa e ter confiança suficiente para enfrentar um dia cansativo, cheio de prazos, cobranças e com pontos legais de diversão e risadas. Assim, devemos nos inspirar não só nas celebridades ou nas novas estrelas da internet (que vez ou outra até acertam, mas outras vezes são tão cheias de nada). Vale acreditar em pessoas que fazem parte da nossa vida, naquela colega que está sempre arrumada, mesmo comprando roupas em lojas populares, ou mesmo naquela mulher, ou homem, que vemos passando na rua e possui um estilo que é interessante. São essas inspirações mais reais, menos impostas, que são as mais intensas! Por isso, antes de sair seguindo cada linha de dica apresentada por alguém que não tem o menor fundamento ou base no assunto vale pensar mais em bem estar e felicidade. E quando lhe indicarem regras: esqueça! Moda não é imposição, não é “must have”, “estou in love” ou “trendy”. Esses termos, essas manias, essas frescurinhas são a tradução de uma grande perda de tempo, enquanto algo muito mais importante acontece. Vivemos na era do estilo pessoal, da identidade, e isso significa que vivemos no tempo do se sentir bem com o que somos e vestimos! Escolha melhor suas referências e seja mais feliz.
Amanda Medeiros
Consultora de Estilo
www.conversinhafashion.com.br