Se seu trabalho fosse classificado como uma fonte, ele seria uma fonte de prazer ou de sofrimento? Calma! Não responda tão rapidamente essa pergunta, pois sua formulação só traz duas possibilidades como resposta. E se o trabalho pudesse se apresentar para você: prazer, sou o Sr. T (trabalho) e quero te mostrar como posso te dar sofrimento e/ou prazer. Você gostaria de conhecê-lo com essa apresentação? Nem imagino qual seria sua resposta.
A verdade é que o trabalho se apresenta para nós, humanos, com uma variedade de formas e fazeres. Uns têm o trabalho como uma obrigação imposta pelo “prêmio” do dinheiro, outros conseguem fazer do trabalho uma forma de existir, subsistir e até de ser, pois o trabalho confere às pessoas a possibilidade de construir sua identidade, vivência, realização e sentido de vida.
A grande questão que coloco aqui é: o que estamos fazendo do trabalhador e para o trabalhador? Qual experiência no ambiente de trabalho, ao ser contada, revelaria a resposta de alguém para a primeira pergunta acima? Sei que são muitos questionamentos trazidos aqui, porém, é preciso refletir criticamente sobre quais condições de trabalho estamos oferecendo às pessoas e se estamos criando trabalhos nos quais sua realização seja uma fonte prazerosa, em vez de penosa — mesmo sabendo que, até em um trabalho prazeroso, haverá angústias, desafios e dificuldades.
O que estamos fazendo com as pessoas no nosso trabalho? Pagar ao final do mês, oferecer benefícios e festas de fim de ano não serão suficientes se seu operador, servidor, administrador… ops… perceber que tudo termina somente com dor. Não precisa ser assim!
A dor de um profissional que não é reconhecido pelo que faz, a dor do desrespeito pelo abuso de autoridade, a dor de tantas pessoas que pegam atestados porque não se sentem seguras para contar a verdade sobre o atraso: “meu filho está internado e, por isso, tanto atraso.” E, por favor, não se defende aqui o falso atestado, hein! O que queremos é incentivar um ambiente de trabalho justo e humanizado por meio do reconhecimento e da valorização da palavra.
É preciso humanizar o trabalho com a presença de um elogio, de um “parabéns”, de um “obrigado”. E vejamos: o trabalhador também deve agir assim com seus pares, deve ser comprometido, proativo, pontual e cooperar com lealdade ao seu trabalho. Contudo, o trabalhador refletirá e responderá de acordo com a forma como sua liderança e gestão agem.
Portanto, pare, pense e perceba quais mudanças o ambiente de trabalho deve promover. Ah… e não se esqueça: quem sabe o que deve ser mudado no ambiente é quem vive nele. Por isso, toda a equipe deve participar desse processo.
Então, quais relações humanas ou desumanas estamos oferecendo e participando no trabalho? Se precisar de mais orientação ou ajuda sobre isso, fale comigo!
Juliana A. M do Canto, psicóloga.
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