Após ter febre, enjôo, dores de cabeça e manchas pelo corpo, um sintoma tende a permanecer por dias, semanas e até meses. As dores nas articulações e músculos causadas pela chikungunya são relatadas por vários pacientes em períodos que podem se prolongar a depender do caso. Para entender um pouco mais os motivos que levam a isso e o que pode ser feito, conversamos com a Dra. Carolina Lais Ladeira Estefani (CRM 70810 / RQE 60050), reumatologista que atende pacientes de Sete Lagoas e região na Clínica Juvenal Paiva.
Dados do Painel de Monitoramento de Casos de Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais indicam que 65.313 casos de chikungunya foram confirmados no estado em 2024 até o último dia 22 de abril, com 48 óbitos. Apenas em Sete Lagoas foram confirmados 10.537 casos e 12 óbitos.
Não por acaso, o número de relatos das dores persistentes após semanas ou meses também é significativo, o que leva diversos pacientes a procurar atendimento especializado em reumatologia como o oferecido na Clínica Juvenal Paiva pela Dra. Carolina Estefani. E por quê a chikungunya causa tais dores?
A Dra. Carolina Estefani explica que “a chikungunya é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que pode acometer as articulações. Na fase aguda, ocorre uma intensa e rápida proliferação, levando à disseminação do vírus, coincidindo com o aparecimento da febre, exantema [lesões avermelhadas na pele], artralgia intensa [dores intensas nas articulações] e leucopenia [diminuição de glóbulos brancos no sangue]“.
A fase aguda da doença dura de 7 a 14 dias. Dra Carolina relata que depois disso o paciente pode evoluir para a fase subaguda (15 dias a 3 meses) e para a fase crônica (mais que 3 meses). Segundo a especialista, caso os sintomas articulares persistam na fase subaguda é importante o paciente passar por uma avaliação especializada para receber o tratamento adequado a depender da fase em que se encontra.
Uma dúvida muito comum que surge nos pacientes é se eles podem fazer exercícios físicos mesmo sentindo dores. Sobre isso, Dra. Carolina Estefani indica que:
“Os exercícios ativos podem ser orientados com intensidade leve para manutenção das funções articulares, com cautela para não exacerbar os sintomas inflamatórios. É importante indicar o repouso relativo e evitar movimentos que desencadeiem a dor. Os exercícios de alongamento colaboram para a manutenção da flexibilidade dos músculos e tendões. Os exercícios aeróbicos são indicados para a melhoria do condicionamento físico geral e redução da fadiga. As terapias manuais, tais como as técnicas de mobilização dos tecidos e de mobilização articular, estão indicados para o relaxamento e a diminuição da tensão muscular e para restauração da amplitude dos movimentos. A fisioterapia aquática pode oferecer alívio da dor, redução de edema, melhoria da mobilidade articular e de habilidades funcionais em fases distintas da chikungunya”.
A médica revela também que cerca de 5% dos casos de chikungunya que evoluem para a fase crônica (acima de 3 meses do início dos sintomas) podem evoluir para um quadro de inflamações articulares persistentes ou recorrentes.
“Geralmente as dores podem acometer várias articulações em ambos os lados do corpo, aparecer e sumir de tempos em tempos e estarem relacionadas ou não à rigidez ao levantar da cama pela manhã. Existe a possibilidade de desenvolver doença articular inflamatória, por exemplo, a artrite reumatoide e espondiloartrites, possivelmente tendo sido a infecção um gatilho para o desenvolvimento da doença autoimine”, complementa.
Diante disso, torna-se de extrema importância consultar especialistas médicos em centros de excelência como a Clínica Juvenal Paiva. Em consultas de reumatologia como as realizadas pela Dra. Carolina Estefani, orientações corretas sobre o tratamento da doença são passadas aos pacientes. Uma delas, por exemplo, é a de não se guiar pelas “fórmulas mágicas” de tratamentos caseiros ou similares:
“A avaliação com um médico especialista que possua RQE (registro de qualificação de especialista), profissional altamente capacitado, é importante para a confirmação do diagnóstico. Além disso, faz-se também o diagnostico diferencial com outras doenças articulares inflamatórias para prescrever o melhor tratamento baseado em evidências científicas. As fórmulas caseiras podem causar algum efeito adverso indesejado e gerar consequências para a saúde do paciente”, alerta a Dra. Carolina Estefani.
Para se consultar com a Dra. Carolina Estefani e também agendar consultas e exames em diversas especialidades, você pode procurar a Clínica Juvenal Paiva. O centro de saúde é uma referência para Sete Lagoas e região e fica na Rua Teófilo Otoni, nº 420, Centro de Sete Lagoas. Agende sua consulta e exames pessoalmente e também através do WhatsApp (31) 9 7165-0584 e telefone (31) 2106-5520.
Vinícius Oliveira