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A dívida total ultrapassa R$ 8 milhões. “Além disso, o que foi deixado em caixa, não chega a R$ 2 milhões. É muito pouco”, afirma o prefeito. Atualmente, a folha salarial do município chega a R$ 12 milhões mensais. Maroca garante que, apesar das dificuldades financeiras, vai pagar em dia o salário de janeiro. Segundo ele, no máximo até o quinto dia útil de fevereiro, os funcionários receberão seus vencimentos. “Em relação aos atrasados, é preciso calma. Já conversamos com o sindicato da classe e expusemos a situação na qual se encontra o município. Não há quase dinheiro em caixa. Está sendo feito um esforço conjunto de todas as secretarias no sentido de conter despesas para que quitemos o ônus deixado pela administração passada”, conta. Segundo ele, o valor total de dívidas com fornecedores ainda está sendo levantado.
O prefeito acredita que a máquina está inchada. Maroca considera que a reforma administrativa será o principal instrumento para a contenção de despesas. “Projeto será enviado à Câmara, mas a reforma será iniciada por partes. Nomeações – principalmente para os cargos de confiança – somente dentro de nossa necessidade”, explica. O chefe do Executivo disse ainda que não aceitará pressão por parte da base que o apoiou durante a campanha no que diz a respeito a nomeações. “Aceitamos indicações, recebemos currículos. Mas nem o prefeito e secretários são passíveis de pressão. As indicações serão avaliadas com bastante critério”, avisa.
O novo prefeito também justificou a nomeação de seu irmão, Paulo Rogério Campolina Paiva, como Secretário Municipal de Obras. Maroca conta que se apóia em resolução do Supremo Tribunal Federal que dispõe que a nomeação de parentes para o primeiro escalão do governo não confirma nepotismo, já que secretários municipais são considerados agentes políticos. “Conheço e confio no trabalho do meu irmão, que é sete-lagoano e sensível aos problemas da cidade. Conhece Sete Lagoas como poucos e já foi secretário em outras administrações”, afirma.
Celso Martinelli
Pablo Pacheco