Ambientes fechados e com pouca ventilação, grandes aglomerações de pessoas, falta de higienização das mãos, compartilhamento de utensílios como copos, talheres, pratos, toalhas de rosto, alimentos e o contato próximo com outras pessoas, como abraçar e beijar, são situações que facilitam a transmissão da Influenza A. Procurando reduzir a disseminação do vírus, o Comitê Estadual de Enfrentamento da Influenza A (H1N1) elaborou uma cartilha com medidas a serem implementadas no ambiente de trabalho, que já está disponível no endereço ( http://gripesuina.saude.mg.gov.br/arquivos/), no site da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
O atendimento ao público deve ser realizado, preferencialmente, em locais arejados e com boa ventilação; deve-se procurar diminuir a proximidade física e o contato direto com as pessoas; as medidas de higienização adequada das mãos devem ser reforçadas, lavando com freqüência ou desinfetando com álcool a 70%. É necessário disponibilizar, sempre que possível, álcool a 70% para higienização das mãos de clientes e visitantes e, ao manusear documentos ou dinheiro, é preciso evitar o contato com a boca, olhos e nariz, lavando ou desinfetando as mãos em seguida.
Recursos
Para que seja possível a adoção das medidas, são necessários recursos materiais como garantir que todos os banheiros possuam pias, torneiras, dispensadores de sabonete líquido e papel toalha suficientes para o uso contínuo. As torneiras devem estar em funcionamento, permitindo o fluxo de água corrente para uma lavagem de mãos eficaz. Disponibilizar copos descartáveis ou individuais para que os funcionários possam beber água sem levar a boca ao bebedouro também é importante.
Os estabelecimentos devem, ainda, definir, junto à área de gestão de pessoas, as condutas a serem adotadas nos casos de funcionários com gripe explicitando o fluxo a ser seguido. Deve-se levar em conta a necessidade de afastamento durante o período de transmissão da doença. Os funcionários devem ser orientados quanto à conduta nesses casos e da necessidade de atestado médico.
Medidas de higiene
As medidas de higiene pessoal recomendadas pelo Comitê são lavar frequentemente as mãos, utilizando água e sabão; se houver disponibilidade, utilizar álcool gel a 70% para desinfecção das mãos com frequência; utilizar lenços de papel descartável para cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar (etiqueta respiratória); caso não haja lenço de papel, não tossir ou espirrar nas mãos, mas sim, contra o braço; não reutilizar lenços de papel e evitar uso de lenços de pano; evitar tocar a boca, olhos e nariz sem lavar as mãos; não compartilhar utensílios (copos, talheres, pratos, toalhas de rosto) e alimentos e evitar contato próximo com outras pessoas (abraçar, beijar, etc.).
Quanto à higiene ambiental, os especialistas recomendam manter os ambientes limpos e arejados; manter portas e janelas sempre abertas; os bebedouros devem ser continuamente higienizados; se possível, minimizar a quantidade de móveis, estofados e outros objetos que podem ser contaminados e são difíceis de limpar.
Além disso, os ambientes e superfícies devem ser limpos preferencialmente após cada turno de trabalho. A limpeza deve ser feita com água e detergente e a desinfecção deve ser feita com água sanitária (proporção: 1 colher de água sanitária para cada litro de água). O pano de chão, panos de limpeza e utensílios (rodo, vassoura, balde) devem ser lavados com água e detergente e colocados na solução de água sanitária (1 colher para cada litro de água), deixando por 10 minutos. Depois é preciso enxaguar e deixar secar. É importante não misturar detergente com água sanitária, pois um tira o efeito/ação do outro.
No que se refere à higiene de utensílios, os objetos manipulados por várias pessoas como maçanetas, torneiras, interruptores, telefones, caixas eletrônicos, teclados, mouse devem ser higienizados continuamente com água e sabão. Caso não seja possível deve-se lavar ou utilizar álcool a 70% nas mãos antes e depois de manipular tais objetos.
Já os utensílios de cozinha, como pratos, talheres, copos, vasilhas devem ser limpos e desinfetados após cada uso. Para isso deve ser utilizada água e sabão e em seguida colocar em solução de hipoclorito (proporção: 1 colher de sopa de água sanitária para 1 litro de água). Os utensílios devem ficar imersos nessa solução por 10 minutos. Depois, retirar da solução, enxaguar e secar. A solução deverá ser diluída diariamente e desprezada após o uso. A esponja utilizada para lavar os utensílios deve ser também colocada nessa solução.
Gestantes
O estudo dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) notificados até agora em todo Brasil indicam a gestação como um dos fatores de risco para doença grave, pelo número de óbitos proporcionalmente maior neste grupo (MS, 05 de agosto de 2009).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda fortemente que, nas áreas onde a infecção com vírus H1N1 é difundida, as mulheres grávidas estejam alertas aos sintomas da doença.
O Comitê Estadual recomenda que sejam revistas as atribuições profissionais das gestantes, evitando o atendimento direto ao público em geral e atividades relacionadas a manejo de resíduos biológicos.
Em serviços de saúde, deve ser evitado o atendimento direto a pacientes em pronto atendimentos ou pronto socorros; em ambulatórios ou enfermarias de sintomáticos respiratórios; em Unidades de Terapia Intensiva; em salas de procedimentos que produzam aerossóis (micronebulização, intubação, broncoscopia, aspiração de secreção respiratória, necropsia, dentre outros).
Portanto, indica-se que, onde houver risco relacionado aos fatores acima, a gestante seja reposicionada para outros setores com risco minimizado de contágio. É preciso, também, ter atenção com as orientações para higiene pessoal e ambiental.
Mais informações nos sites:www.saude.mg.gov.br ; www.saude.gov.br; www.gripesuina.saude.mg.gov.br;