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ECONOMIA: cerca de 72% dos consumidores devem presentear no Dia dos Pais em Minas

Cerca de 72% dos consumidores mineiros devem presentear no Dia dos Pais. A expectativa é da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG). Segundo a entidade, apesar da insegurança dos consumidores e dos comerciantes em relação ao cenário político nacional, existe um otimismo para a movimentação do comércio.

Foto ilustrativa/Reprodução: InternetFoto ilustrativa/Reprodução: Internet

A pesquisa aponta que 23% dos consumidores no Estado estão cautelosos e preferem aguardar mais definições do cenário e outros 5% afirmam que não irão comprar presentes ou lembrancinhas. “É possível perceber que com a melhora da inflação puxada pelo preço dos combustíveis existe uma expectativa de bom desempenho das vendas em relação ao Dia dos Pais. Ou seja, 72% dos consumidores esperam comprar algum item”, analisa o economista da FDCL-MG, Vinícius Carlos Silva.

Segundo o especialista, com o sinal de redução da inflação, o consumidor deixa de gastar com alguns bens para comprar outros. “Isso ensejou também uma certa esperança para o varejo em relação à redução da inflação, principal fator que corrói o poder de compra”, aponta.

Para a data do Dia dos Pais, geralmente atrelada à questão de ser um dia com forte apelo emotivo, o varejista precisa ter mais estratégia e mais ação, conforme explica Vinícius. “Ele (o comerciante) não pode deixar somente que o apelo emocional atue nesta data. Ele tem que ter planos de estratégias e iniciativas que tragam de volta o consumidor para o consumo”, conta.

“O consumidor ficou muito tempo retraído porque veio a pandemia, veio a recessão econômica, vieram as incertezas, inclusive o próprio desemprego. Outro fator agora é o cenário político, dessa forma o consumidor está cada vez mais cauteloso. Por isso é importante ter estratégias. O consumidor pode perguntar: o que você tem de novidade para mim? O que você tem de interessante para mim para que eu possa comprar? Qual o desconto? Qual a promoção você tem?”, pondera o economista.

Tíquete-médio

A pesquisa revela ainda que os mineiros estão dispostos a gastar cerca de R$ 155 em presentes para os pais, sendo que as categorias de roupas e calçados disparam com 30% das preferências. Na sequência, estão os segmentos de cosméticos e perfumaria, com 12%; eletrônicos com 9%; e ferramentas com 7%.

Para o especialista, o consumidor visa buscar as novidades com o que tem de melhor e mais atrativo no mercado. Portanto, vão se destacar os empresários que possuem estratégias para chamar a atenção do público final.

“Neste período em que estamos vivendo, os setores de maior destaque são os de primeira necessidade. Dentre eles, estão os supermercados, hipermercados e os alimentícios. Mas, quando se trata de datas comemorativas, o setor de vestuário e o de calçados com certeza nunca falham, pois são bens de primeira necessidade seja para uso pessoal ou para presentes. O que varia fica em terceiro lugar, que pode ser entre perfumaria e floricultura numa comparação, por exemplo, de Dia dos Pais com o Dia das Mães. Ou seja, depende muito da sazonalidade”, pontua.

Projeções

Na medida em que a economia e o emprego vão apresentando melhora, Vinícius aconselha que o comércio precisa estimular o consumo. “Ao realizar as nossas pesquisas, percebemos que os lojistas notaram que não houve um aumento de público em seus estabelecimentos para uma boa movimentação. Porém, o consumidor não busca a mesma coisa de sempre, ele busca novidades, inovação e um atendimento customizado”.

“O que pesa na demanda do comércio varejista é o cenário. Então, se você tem um cenário propício ao consumo com emprego, inflação baixa, acesso ao crédito mais barato, ou seja, pontos favoravelmente sinalizados, teremos uma melhora no processo. Como o cenário não é bem este, existirá aquela cautela de ter um pé atrás e outro na frente”, diz.

Para Vinícius, há uma demanda que está esperando uma perspectiva de melhora econômica. Porém, ela está reprimida por ter uma cautela que ainda não se definiu por algumas variáveis. “Essa cautela é por conta dos juros, da inflação e do desemprego. Apesar de que tivemos uma melhora no emprego, há um grande número de desempregados”, conclui.

Varejo espera incremento de 5,3% no País

Rio de Janeiro – O volume de vendas para o Dia dos Pais de 2022, a ser comemorado no próximo domingo (14), deverá atingir R$ 7,28 bilhões, o que representará alta de 5,3% em relação à mesma data no ano passado. Naquele momento, o varejo ainda sofria com o processo de volta da circulação dos consumidores. A estimativa foi divulgada ontem pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, disse que, em termos de movimentação financeira, o Dia dos Pais é a quarta data comemorativa mais importante para o comércio varejista brasileiro. “Mesmo com a inflação elevada, a perspectiva é positiva para o setor por conta da injeção de recursos extraordinários, como os saques nas contas de FGTS, antecipação do décimo terceiro salário de aposentados e pensionistas do INSS e ampliação do Auxílio Brasil tanto do valor do benefício quanto do número de beneficiários”, observou.

No entendimento da CNC, esses recursos sustentam o avanço nas vendas ao longo deste ano. A entidade lembrou que a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último mês de maio, mostrou que o faturamento real do varejo já tinha atingido 3,9% acima do volume registrado às vésperas da pandemia, em fevereiro de 2020, e 3,0% maior do que em agosto do ano passado.

Para o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fábio Bentes, o fim da pandemia pode explicar a alta prevista nas vendas para o Dia dos Pais. “Praticamente todo o fluxo de consumidores perdido ao longo das fases mais agudas da crise sanitária foi restabelecido”, explicou.

Conforme a CNC, indicadores do Google apontaram, que ao fim de julho deste ano, a circulação de consumidores em estabelecimentos voltados para o consumo era 1,7% maior que o patamar notado às vésperas do início da pandemia. Segundo a CNC, o cenário é significativamente diferente dos constatados em períodos semelhantes de 2021, quando houve queda de 12,4% e 2020, que teve recuo de 35,9%. (ABr)

Com Diário do Comércio



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