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Ten. Danúbia Lopes fala dos desafios ao comandar o policiamento em quase 50% da cidade

Ela tem o difícil desafio de articular o policiamento em quase metade da cidade de Sete Lagoas, área da companhia que comanda, com um efetivo de 170 policiais. Sabedora das dificuldades em acompanhar a criminalidade que migra de acordo com os avanços da Polícia Militar (PM), a Tenente Danúbia Lopes, comandante da 62° Cia, que inaugurou nova sede recentemente, acredita que os números de crimes cometidos hoje na cidade estão sob controle. Ela afirma que “em 2011 foram cometidos 71 homicídios em Sete Lagoas. Em 2012 até agora foram 11, na média, menos da metade no mesmo período do ano passado”. A oficial destaca o trabalho de inteligência feito pela corporação e comemora os avanços conseguidos pela PM na cidade. Em entrevista ao SeteLagoas.com.br, na nova sede da cia, a Tenente fala da difícil missão em uma cidade que cresce a cada dia.

Tenente Danúbia Lopes / Foto: Marcelo PaivaTenente Danúbia Lopes / Foto: Marcelo Paiva

Sete Lagoas: O que vai melhorar para a companhia com a mudança de local?

A nossa companhia era semi-concentrada. A sede era no Terminal Rodoviário, mas nossos equipamentos estavam na sede do Batalhão, no bairro São Pedro. Nossas viaturas ficavam lá, a chamada dos policiais era lá, tudo estava lá. A política hoje da PM é de envolvimento com a comunidade, a gente precisava concentrar a companhia. Lá na rodoviária não suportava o número de viaturas que temos. Todos os policiais vêm responder chamada aqui, meu acompanhamento agora é mais direto. Essa concentração era necessária com urgência. Agiliza nosso atendimento e economiza tempo.

Sete Lagoas: Como fica o posto policial no Terminal Rodoviário?

Estamos propondo uma nova adequação do ambiente e teremos um Policiamento Ostensivo Geral (POG), e um ponto de Registro de Eventos e Defesa Social (REDS), que foram implantados em alguns postos de gasolina da cidade. 

REDS instalado no posto de combustível da Sec. Divino Padrão / Foto: Marcelo PaivaREDS instalado no posto de combustível da Sec. Divino Padrão / Foto: Marcelo Paiva

Sete Lagoas: Como funcionam os REDS? 

São pontos físicos onde a PM descentralizou as ocorrências. Pontos de apoio com computador e impressora que os policias fazem as ocorrências. Com a instalação dos REDS, já são seis pontos na minha área, e vamos implantar mais. Os assaltos a postos de gasolina, por exemplo, diminuíram bastante.

Sete Lagoas: Assusta o índice de criminalidade hoje no centro da cidade?

Com a instalação do Olho Vivo o centro da cidade está mais tranquilo. Antes da instalação do equipamento era pior. Qual era nosso foco no centro? Eram os arrombamentos e assaltos, crimes contra o patrimônio, porque ali gira dinheiro. A maioria de crimes na região era contra o patrimônio. Com o olho vivo o policiamento ficou mais inteligente e as ocorrências de crime diminuíram muito, o centro da cidade hoje está tranquilo.

Sete Lagoas: Com frequência estão sendo achados cadáveres na área da Serra de Santa Helena. A população há muito tempo pede um posto de policiamento no local. Tem previsão ou projeto para instalação de um posto no local?

Não. Os problemas que a gente encontra lá são, na sua grande maioria, na parte da noite e madrugada. De imediato, temos uma viatura Patrulha de Prevenção Ativa (PPA), que está fazendo patrulhamento preventivo no local. Já tivemos que subir a serra com cinco viaturas por causa de encontro de carros com som alto e pessoas fazendo uso de drogas. Depois que colocamos a PPA do Jardim Arizona na região as reclamações diminuíram muito. Reconheço que é um lugar que precisa de uma atenção especial, mas até por causa do contingente não existe previsão para um posto no local.

Sete Lagoas: O tráfico de drogas aumentou muito na cidade nos últimos anos? 

O tráfico de drogas sempre existiu. Foi o combate que aumentou. Você abre o jornal todos os dias e tem notícias sobre apreensões de drogas. Foi o tráfico que aumentou? Não, foi o combate. É uma realidade com o aumento da população, aumento do poder aquisitivo. Temos feito várias operações e vamos continuar com o combate.  

Ao final da entrevista a Tenente reforçou a importância da participação da comunidade no trabalho da PM e pediu a colaboração de todos pelo 181. “A denúncia é anônima, e a pessoa não precisa se identificar. É sempre importante a colaboração da sociedade no nosso trabalho”, finalizou. 

Por Marcelo Paiva



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