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De acordo com Idolindo de Oliveira, presidente do Sindvarejo, o segmento é extremamente prejudicado em Sete Lagoas durante a feira. “Os lojistas da cidade pagam impostos para manter o estabelecimento aberto durante todo o ano, geram empregos. Então é realizada esta feira de Holambra, que pratica uma concorrência desleal, com preços bem abaixo do mercado, visto que não pagam impostos e podem vender mais barato. Vamos brigar por nossos comerciantes”, afirma o sindicalista.
Segundo ele, proprietários das 10 floriculturas existentes na cidade estão preocupados e prometem mover todo e qualquer tipo de ação para barrar o evento. “No ano passado os feirantes ficaram durante 12 dias consecutivos na Praça Tiradentes e movimentaram cerca de R$ 200 mil. É preciso mais rigor ao autorizar feiras deste tipo. Felizmente hoje não é permitida mais feira de malhas e couros na cidade, como também acontecia anualmente. É um dinheiro que sai de Sete Lagoas e não volta”, reclama Idolindo. Uma porcentagem do lucro é repassada ao Rotary Clube da cidade, o que o sindicalista questiona. “Não há prestação de contas”, completa.
Para Suzana Machado Vinseiro, proprietária da floricultura Plantas, Flores & Cia, a concorrência é desleal. “Pagamos caro para trazer flores de outros Estados, inclusive de Holambra (SP), e também para manter o estabelecimento aberto. Em sete dias estes feirantes itinerantes comercializam o que não conseguimos vender durante um ano inteiro. Além de gerar prejuízo, gera na população desconfiança, que nós, vendedores autorizados, superfaturamos na venda desses gêneros”, explica. Sem querer poemizar, uma das coordenadoras da feira, Gláucia Queiroga, conta que o objetivo é realizar o evento logo após as eleições municipais, até o final de outubro. “Já foram inclusive viabilizados patrocinadores para a realização da Expo Flores de Holambra” conta.
Da redação - Sete Dias
(CM)