O Ministério do Trabalho recebeu nos dois primeiros meses do ano 1.100 milhão pedidos de seguro-desemprego, destes 21.237 mil apresentaram fraudes e foram bloqueados. A ação assegurou aos cofres públicos R$ 121,7 milhões, que não foram parar em bolsos criminosos.

As fraudes foram detectadas em todas as partes do Brasil, os estados com maiores índices foram São Paulo, Maranhão e Alagoas. A maioria dos pedidos fraudulentos teve a participação de funcionários públicos e alguns terceirizados.

Ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira / Foto: Gabriela Korossy/Agência Câmara

Para o ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira, o país precisa de ações fortes para inibir essas quadrilhas. “O governo precisa sim ter uma ação efetiva e forte contra essas quadrilhas que se organizam para roubar o dinheiro do trabalhador”.

Os casos são monitorados por um sistema que cruza dados de vários órgãos, Receita Federal, Ministério do Trabalho, dentre outros. O programa compara por exemplo o CPF do trabalhador com o CNPJ, o endereço, a duplicidade de dados e alerta quando as informações não batem.

Nesse levantamento, o Ministério descobriu 150 trabalhadores que pediram seguro-desemprego e disseram que moravam no mesmo endereço.

Alguns dos servidores públicos já foram afastados, vão responder a processos e poderão ser demitidos, outros estão sendo monitorados pelo Ministério do Trabalho e pela Polícia Federal. “O dinheiro do seguro-desemprego é para proteger o trabalhador no momento em que ele perde o seu emprego”, acrescentou o ministro.


Da Redação com G1