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Uma em cada 20 mulheres tem gene que interfere na eficácia da pílula

Um novo estudo mostra que algumas mulheres podem engravidar mesmo utilizando métodos anticoncepcionais – isso porque o próprio DNA delas "sabota" o controle de natalidade. Realizada na Escola de Medicina da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, a pesquisa revela que uma em cada 20 mulheres carrega um gene que atrapalha a eficiência de contraceptivos hormonais.

Os pesquisadores descobriram que o próprio DNA das mulheres “sabota” o controle da natalidade. - Foto: Gabriela Sanda/PixabayOs pesquisadores descobriram que o próprio DNA das mulheres “sabota” o controle da natalidade. - Foto: Gabriela Sanda/Pixabay

É a primeira vez que o dado é confirmado pela ciência. A expectativa é que a descoberta ajude a acabar com a ideia de que a mulher engravidou porque não utilizou o método corretamente, como acreditam muitos profissionais de saúde e a população em geral.

"Quando uma mulher diz que engravidou durante o controle de natalidade, a suposição sempre foi de que, de alguma forma, a culpa foi dela", diz Aaron Lazorwitz, principal autor do estudo, em entrevista ao "Independent". "Essas descobertas mostram que devemos ouvir nossas pacientes e considerar se há algo em seus genes que causou isso", explica.

Lazorwitz e seus colegas estudaram o DNA de 350 mulheres enquanto elas usavam um implante contraceptivo, colocado sob a pele do braço, que libera o hormônio progestagênio, na tentativa de evitar que elas ovulassem. Então, foram examinadas as seções do DNA conhecidas por atuarem na regulação hormonal das participantes.

As descobertas surpreenderam: cerca de 5% das participantes tinham uma forma diferenciada do gene CYP3A7*1C, responsável por quebrar os hormônios que impedem a gravidez. Normalmente, ele é ativado só quando a pessoa ainda está no útero, e a sua desativação ocorre pouco antes do nascimento. Porém, as mulheres com a forma ativa do gene continuam a produzir uma enzima CYP3A7 para o resto da vida.

"Essa enzima quebra os hormônios de controle da natalidade e pode colocar as mulheres em risco maior de gravidez durante o uso de contraceptivos, especialmente com doses mais baixas", explica Lazorwitz.

Milhões usam o método

Mostrar que a variante genética é associada ao controle da natalidade é algo muito relevante, já que milhões de mulheres estão usando alguma forma de contracepção hormonal. O fato de uma delas em cada 20 poder possuir esse traço genético já mostra grande aumento no risco de engravidar.

No entanto, não são todos os cientistas que acreditam que as mulheres se afastarão da contracepção hormonal devido aos resultados da pesquisa. A professora Sharon Cameron, codiretora da Unidade de Eficácia Clínica da Faculdade de Saúde Sexual e Reprodutiva do Reino Unido, disse ao "The Independent" que uma em cada mil mulheres com um implante de progestina engravidará ao longo de três anos.

"Embora a composição genética possa ter um impacto sobre o quão bem a contracepção pode funcionar para algumas mulheres, este é apenas um estudo e é muito cedo para dizer se uma tecnologia relacionada a isso será útil no futuro", explica a professora.

Com O Tempo

Um novo estudo mostra que algumas mulheres podem engravidar mesmo utilizando métodos anticoncepcionais – isso porque o próprio DNA delas "sabota" o controle de natalidade. Realizada na Escola de Medicina da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, a pesquisa revela que uma em cada 20 mulheres carrega um gene que atrapalha a eficiência de contraceptivos hormonais.

É a primeira vez que o dado é confirmado pela ciência. A expectativa é que a descoberta ajude a acabar com a ideia de que a mulher engravidou porque não utilizou o método corretamente, como acreditam muitos profissionais de saúde e a população em geral.

"Quando uma mulher diz que engravidou durante o controle de natalidade, a suposição sempre foi de que, de alguma forma, a culpa foi dela", diz Aaron Lazorwitz, principal autor do estudo, em entrevista ao "Independent". "Essas descobertas mostram que devemos ouvir nossas pacientes e considerar se há algo em seus genes que causou isso", explica.

Lazorwitz e seus colegas estudaram o DNA de 350 mulheres enquanto elas usavam um implante contraceptivo, colocado sob a pele do braço, que libera o hormônio progestagênio, na tentativa de evitar que elas ovulassem. Então, foram examinadas as seções do DNA conhecidas por atuarem na regulação hormonal das participantes.

As descobertas surpreenderam: cerca de 5% das participantes tinham uma forma diferenciada do gene CYP3A7*1C, responsável por quebrar os hormônios que impedem a gravidez. Normalmente, ele é ativado só quando a pessoa ainda está no útero, e a sua desativação ocorre pouco antes do nascimento. Porém, as mulheres com a forma ativa do gene continuam a produzir uma enzima CYP3A7 para o resto da vida.

"Essa enzima quebra os hormônios de controle da natalidade e pode colocar as mulheres em risco maior de gravidez durante o uso de contraceptivos, especialmente com doses mais baixas", explica Lazorwitz.

Milhões usam o método

Mostrar que a variante genética é associada ao controle da natalidade é algo muito relevante, já que milhões de mulheres estão usando alguma forma de contracepção hormonal. O fato de uma delas em cada 20 poder possuir esse traço genético já mostra grande aumento no risco de engravidar.

No entanto, não são todos os cientistas que acreditam que as mulheres se afastarão da contracepção hormonal devido aos resultados da pesquisa. A professora Sharon Cameron, codiretora da Unidade de Eficácia Clínica da Faculdade de Saúde Sexual e Reprodutiva do Reino Unido, disse ao "The Independent" que uma em cada mil mulheres com um implante de progestina engravidará ao longo de três anos.

"Embora a composição genética possa ter um impacto sobre o quão bem a contracepção pode funcionar para algumas mulheres, este é apenas um estudo e é muito cedo para dizer se uma tecnologia relacionada a isso será útil no futuro", explica a professora.



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