Brasil registra 565 mortes em 24 h e atinge 115.309 óbitos por covid-19; país tem 2.778.709 de pacientes recuperados da doença
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O país ultrapassou hoje 115 mil óbitos pela covid-19, de acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde. Foram 565 novas mortes registradas nas últimas 24 horas, somando 115.309 óbitos desde o início da pandemia.
A quantidade de novos casos confirmados entre ontem e hoje pela pasta atingiu 17.078, com total de 3.622.861 diagnósticos no país.
O governo federal considera 2.778.709 pacientes recuperados da doença e aponta 728.843 casos em acompanhamento.
Bolsonaro ataca imprensa e sai em defesa da cloroquina
Ainda hoje, horas antes de o país ultrapassar 115 mil mortes pela covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou do evento "Brasil vencendo a covid-19". Na solenidade, o chefe do Executivo exaltou novamente o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em tratamentos para a doença decorrente do novo coronavírus, mesmo sem a comprovação científica da eficácia dos medicamentos no combate à covid-19.
Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro Abraham Weintraub (Educação) e assessor especial da Presidência, lamentou os médicos que perderam seus empregos por defenderem os medicamentos. Já Bolsonaro, depois de dizer a um repórter que desejava "encher a boca" dele de "porrada", declarou que, se contaminados pela covid-19, jornalistas têm menos chances de sobreviver do que ele, o presidente da República.
Pazuello: 'Números positivos'
Sem participar da solenidade no Palácio do Planalto, o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou hoje que, ao fim da pandemia, os números do Brasil serão "muito positivos". Ele esteve na inauguração de unidade de apoio ao diagnóstico do novo coronavírus em unidade da Fiocruz no Ceará.
"Não estou falando apenas de números, que serão muito positivos no final, quando colocarmos cálculos com relação à população brasileira e, infelizmente, às perdas. Estou falando do que fizemos para o combate à pandemia. O que nós entregamos, chegamos na ponta da linha", declarou ele.
O ministro interino também reforçou, sem apresentar evidências, que a quantidade de óbitos no país teria sido menor caso o uso da hidroxicloroquina tivesse sido aplicado em tratamentos desde o início.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
Da Redação com UOL