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A popularidade das apostas no futebol brasileiro 

Paixão nacional e completamente arraigado na cultura popular, o futebol é praticamente um sinônimo de Brasil, emocionando diariamente milhões de pessoas em todas as regiões do país. 

Além de jogadores, árbitros e profissionais da comissão técnica, o esporte envolve e movimenta inúmeras outras funções e ocupações, de jornalistas a vendedores ambulantes, passando por policiais, advogados, psicólogos, publicitários, médicos, agentes, dirigentes e um número incontável de outras pessoas diretamente envolvidas, há muitos anos, com esse mercado gigantesco. 

Também há muitos anos, o futebol caminha ao lado de outra paixão profundamente enraizada na cultura popular brasileira, a das apostas esportivas envolvendo grandes competições, como o Campeonato Brasileiro e a Taça Libertadores da América.

É um setor de atividades tanto estável quanto crescente, desde os tempos da famosa Loteria Esportiva, que tinha seus resultados acompanhados na televisão com grande expectativa por altas audiências, até os dias atuais, com essa diversão sendo turbinada por tecnologias digitais que permitem um número muito maior de transmissões esportivas e possibilidades de apostas. 

 

Brasil acompanha tendência mundial 

O crescimento do mercado de apostas esportivas no Brasil acompanha uma tendência mundial. Segundo um levantamento da consultoria H2 Gambling Capital, em 2020 o mercado movimentou 59,6 bilhões de dólares ao redor do planeta.

E, de acordo com especialistas, há potencial para ainda mais crescimento no setor: segundo a Money Times, é um mercado com potencial para arrecadar 74 bilhões de reais no Brasil, o que poderia representar cerca de 22 bilhões de reais em receita tributária para o país.

Um dos elementos que demonstram que essa expectativa de crescimento do mercado, e dos valores envolvidos, existe também entre os dirigentes dos grandes clubes de futebol é o fato de acordos recentes de vendas de direitos de transmissão de campeonatos nacionais não envolverem mais a possibilidade de streamings para sites de apostas internacionais. 

Com a expectativa de que o crescimento de público e investimentos no setor de apostas esportivas irá se manter nos próximos anos, os clubes esperam negociar separadamente esse tipo de acordo, que seria feito diretamente com as casas de apostas internacionais. 

Regulamentados por uma lei de 2018, os sites e as casas de apostas digitais cresceram muito nos últimos anos no Brasil. Estima-se que os cerca de 450 serviços desse mercado movimenta anualmente, em torno de 12 bilhões de reais. 

Entre as 20 equipes participantes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro de futebol masculino, 19 são patrocinadas por sites de apostas, que estão presentes também nos intervalos de praticamente todas as transmissões esportivas no país, indicativos do crescimento desse mercado, dessas empresas e também da atenção e do interesse dos brasileiros por esse tipo de jogo.

As casas de apostas patrocinam também boa parte das equipes da Série B do Campeonato Brasileiro: são 14 entre os 20 participantes do torneio. 

Entre o volume total de recursos movimentados no mercado brasileiro de apostas, estima-se que o futebol seja responsável por 70%. Isso explica o grande interesse das casas de apostas no patrocínio de equipes: em 2020 o setor era ocupava a quinta colocação no segmento de patrocinadores do Brasileirão.

Novamente, trata-se de uma tendência internacional. Uma pesquisa realizada com 529 clubes de 6 continentes indicou que o segmento de apostas ocupa o 1º lugar entre os financiadores das equipes, registrando 74 patrocínios considerados master (ou seja, anunciantes principais) em 20 países diferentes. 

 

Perfil do apostador brasileiro 

Uma pesquisa realizada em junho de 2021 é publicada em O Globo apontou que, entre os apostadores brasileiros, 69% apostam também na Loteria Federal, 38% em fantasy games, 36% em cassinos online, 33% em apostas informais e 32% em bingos online.

Segundo a mesma pesquisa, 67% dos apostadores brasileiros veem as apostas online como entretenimento, 43% declaram ver os jogos como um negócio e 38% como um esporte - apenas 12% acreditam que as apostas deveriam ser proibidas. 

59% dos entrevistados começaram a se interessar pelo mercado recentemente, tendo feito sua primeira aposta no máximo 12 meses antes da enquete, ou seja, durante a pandemia.

Entre os apostadores, 55% se consideram moderados, priorizando apostas seguras mas arriscando ocasionalmente. Já 33% evitam riscos completamente e se consideram conservadores, contra apenas 12% que se declaram agressivos e encaram riscos maiores em busca de maiores rendimentos.

Em relação à forma como se informam sobre esportes para estarem mais familiarizados com o mundo das apostas, em primeiro lugar na pesquisa ficaram programas esportivos e sites especializados em notícias de esportes, com 56%. 

Em seguida estão grupos em redes sociais, com 40%, especialistas, com 36%, dados e relatórios de consultorias, com 32%, amigos e familiares, 32%, e influenciadores digitais, 30%.



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