Gestão de dejetos animais passa por expansão
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Os custos ambientais cobrados por tantos dejetos não são pequenos. Em algumas regiões do país, especialmente nos estados do Sul e em determinados locais do Sudeste, o grau de poluição ambiental iguala ou supera valores internacionais. Boa parte dos chamados efluentes (restos) de suínos, aves e bovinos é jogada direta ou indiretamente na natureza, o que se transforma em uma grande fonte poluidora. Uma das saídas para minimizar o problema é a gestão sustentável dos dejetos animais. De acordo com o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) Egídio Arno Konzen, "a tecnologia de utilização dos dejetos animais como insumo na produção agrícola não somente reduz o potencial poluente e os custos de produção, como melhora os teores de matéria orgânica e de nutrientes no solo".
Com o deslocamento de vários empreendimentos ligados à suinocultura e à avicultura da região Sul para o Centro-Oeste do país, a preocupação ambiental vai junto. Questões como a exigência, por parte dos consumidores, de produtos de qualidade e feitos através de sistemas não poluidores do meio ambiente contribuem para essa expansão. E nada mais natural do que, também no caso do tratamento de resíduos animais, seja necessária uma evolução.
Dejetos de suínos - No caso de dejetos de suínos, a Embrapa Milho e Sorgo tem, nos últimos anos, feito diversos trabalhos de pesquisa e de transferência de tecnologia. Para Egídio, "o tema dejetos de suínos está inserido numa grande dispersão geográfica e em diferentes situações ambientais e socioeconômicas. A pesquisa tem encontrado dificuldades em dar respostas para esses diferentes contextos em virtude da complexidade do tema e, principalmente, pela preponderância de ações isoladas".
De acordo com Egídio, mais de 50 municípios brasileiros tiveram, nos últimos anos, ações de transferência de tecnologia em gestão de dejetos em propriedades rurais. Foram dias de campo, palestras técnicas e unidades demonstrativas que, só no período de 2001 a 2008, tiveram a participação de cerca de 3.700 pessoas. Moradores de municípios dos três estados da região Sul, dos três do Centro-Oeste - mais o Distrito Federal - e de dois estados do Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) conheceram a tecnologia.
Fonte: Embrapa