O Índice de Competitividade Municipal (ICM), calculado pelo Sebrae-MG, aponta as cidades de Belo Horizonte, Uberlândia, Nova Lima, Juiz de Fora e Uberaba como as que mais favorecem o surgimento de novos empreendimentos e estimulam o crescimento dos pequenos negócios em Minas. Os cinco municípios, aliás, estão no topo da lista desde que o ranking foi criado, em 2009.

Logo em seguida estão Poços de Caldas, Varginha, Ipatinga, Sete Lagoas e Divinópolis, completando a relação dos 10 mais competitivos.

Cidade está entre as 10 que mais contribuem para o desenvolvimento de negócios / Foto: Juliana Nunes

O índice é baseado em cinco fatores (performance econômica, suporte aos negócios, capacidade de alavancagem do governo, quadro social e infraestrutura) e destaca as características locais que podem gerar vantagens competitivas ou criar obstáculos para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas.

“Entendemos que o município que tem atividade econômica, mercado consumidor alto e infraestrutura adequada favorece o negócio”, explica a analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Venússia Santos. “Usamos variáveis relativas, como PIB per capta, que não levam tanto em consideração a grandeza, mas sim a qualidade da infraestrutura, o que permite comparar cidades de características distintas”, esclarece.

Apesar de não figurar entre as cinco mais competitivas, Poços de Caldas foi, entre as primeiras, a que deu o maio salto no ranking, subindo da 9ª para a 6ª posição. A empresária Marina Ferrer Mansur Pereira criou no município, neste mês de dezembro, a Empório Saúde Culinária Natural. “Vi na cidade a possibilidade e a estrutura necessária para criar meu negócio. Com planejamento, espero que dê tudo certo”, conta a empreendedora.

Capacitação para empresários

Para apoiar os novos negócios, como o de Marina Ferrer, e cuidar da saúde financeira dos já existentes, a Escola Permanente da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais oferece cursos presencias e a distância para a qualificação de empreendedores. São mais de 50 cursos gratuitos que envolvem os mais variados temas, como Contratos, Criatividade, Empreendedorismo, Inovação, Negociação, Motivação, Liderança e Vendas.

A intenção é de desenvolver a economia e de gerar riqueza e trabalho por meio do apoio educacional aos empresários. “Com isso, muitos empreendedores se sentem estimulados para levar à frente uma ideia. Ajudamos os empresários a se perpetuarem no mercado”, diz a presidente da Jucemg, Angela Pace, que ressalta um dado positivo: o número de extinção de empresas diminuiu 26,7% em MG de 2012 para 2013.

Outra iniciativa da Jucemg que contribui para qualificar os empresários são os Arranjos Produtivos de Capacitação (APC). Voltado ao público acadêmico e empresarial, palestras são realizadas nas cidades com o objetivo de estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas, além de aproximá-las de universidades, advogados, administradores, estudantes e profissionais de contabilidade.

Minas Fácil

A Jucemg possui uma vasta carteira de projetos voltados para o empresariado. Um dos mais relevantes é o Minas Fácil, iniciativa pioneira da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e que integra o Programa Descomplicar. Nos últimos anos, por meio do Minas Fácil, o prazo para a abertura e formalização de empresas em Minas Gerais caiu de 45 para seis dias, tornando o processo mais ágil, integrado e simplificado, além de menos burocrático.

O Minas Fácil integra todos os órgãos responsáveis pelo registro e licenciamento das empresas por meio de um sistema único, via web. Num prazo máximo de seis dias, exceto para empreendimentos considerados de alto risco, a nova empresa está formalizada com toda a documentação regularizada, incluindo os licenciamentos ambiental, sanitário e de segurança contra incêndio e pânico.

Para o registro da empresa, o empreendedor precisa seguir apenas quatro etapas, sendo três pela internet e apenas uma presencial para a entrega de documentos em uma das 111 unidades de atendimento em Minas. “Até dezembro, ele tinha que voltar para buscar a documentação. Agora, ele consegue receber via internet e tem até 60 dias para fazer o download”, explica Angela.

Agência Minas