A proibição de virar à esquerda na Av. Renato Azeredo para quem desce a Rua Coronel Américo Teixeira, no centro, é solenemente ignorada por vários motoristas que passam pelo cruzamento. Durante 10 minutos apenas, na tarde desta quinta-feira, 26, nossa reportagem flagrou seis conversões irregulares, quase duas por minuto.

Sem se incomodar com o carro que vem atrás e com as buzinas disparadas, o motorista da pick up strada vermelha, (foto) liga a seta para a esquerda e fecha o cruzamento sem se preocupar. Com a mesma tranquilidade vários outros mal educados repetem o gesto deixando o trânsito perigoso e lento.

Motorista de pick up não se incomoda em fechar o cruzamento / Foto: Marcelo Paiva

Assistindo de camarote ao desrespeito, o proprietário de um centro automotivo instalado bem na esquina da Renato Azeredo com Coronel Américo informa que já viu três acidentes desde que começou a mudança. “O problema é que está mal sinalizado e não teve um aviso prévio”, avalia Márcio José Moreira que concorda, porém, que a mudança deu mais fluidez ao trânsito na Renato Azeredo.

Álvaro César passa de carro diariamente pelo local e reclama que “ficou ruim demais não poder virar à esquerda aqui. Agora a gente tem que ir lá na Policena Mascarenhas”, lamenta resignado.

Outro motorista desrespeita proibição / Foto: Marcelo Paiva

Há pouco mais de um mês, quando começou a valer a mudança, a secretaria municipal de Segurança, Trânsito e Transporte Urbano, instalou faixas no cruzamento que não existem mais. Enquanto pedestre, Flávia Andrade reclama que ficou mais difícil atravessar a avenida. “Quando o sinal era quatro tempos a gente atravessava sem problema, agora piorou e ficou muito ruim. Foi a pior coisa que eles (secretaria) podiam ter feito”, opina.

A intenção com a mudança é reduzir o tempo dos semáforos da Renato Azeredo e dar mais fluidez ao trânsito. Mas alguns pedestres entrevistados concordam que o excesso de carretas e caminhões no trecho compromete o tráfego. “O problema é que não proibiram veículos de carga”, corrobora Márcio Moreira.



Por Marcelo Paiva