Pesquisa da UFMG sobre violência chega a Sete Lagoas no próximo mês
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Um total de 1.600 moradores de Sete Lagoas escolhidos aleatoriamente receberão, no mês de agosto, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, que, por meio de entrevistas, estão traçando um perfil da violência em três cidades. Moradores de Betim estão respondendo o questionário nesta semana que já foi respondido por 2.025 pessoas em Belo Horizonte.
A pesquisa Saúde e Prevenção da Violência, Sauvi, da Faculdade de Medicina da UFMG, antes de chegar a Betim percorreu, desde maio, cerca de 400 casas em Belo Horizonte. Ao todo, serão feitas visitas a 5.225 residências escolhidas aleatoriamente em todas as regiões das três cidades, com o objetivo de levantar informações sobre as várias formas de violência e seus fatores influenciadores.
A ideia é que os dados extrapolem o ambiente acadêmico e sejam referência para a criação de políticas públicas específicas de combate à criminalidade, como explica a coordenadora do projeto, professora Elza Machado de Melo. “Conclamamos os moradores a participar da pesquisa porque isso vai contribuir na produção do conhecimento que vai subsidiar políticas públicas municipais de prevenção da violência e promoção da cultura da paz”.
Segundo ela, as informações obtidas vão nortear a adequação das medidas de combate à violência em cada município. “Projetos que não estão respaldados no conhecimento real do que acontece têm grande chance de serem ineficazes e fracassarem”, completou.
A pesquisa Sauvi é uma iniciativa do Mestrado Profissional de Promoção de Saúde e Prevenção da Violência da Faculdade de Medicina da UFMG, em parceria com os municípios e com apoio do Ministério da Saúde. A expectativa é que o trabalho de campo seja concluído em outubro.
Amostra. Estão sendo realizadas entrevistas em 5.225 domicílios selecionados por sorteio, sendo 2.025 em Belo Horizonte, 1.600 em Betim e 1.600 em Sete Lagoas. Todos receberam uma carta explicativa do projeto.
Perfil. Os questionários estão organizados em blocos temáticos: condições sócio-demográficas, saúde, trabalho, violência doméstica, violência no trânsito, violência institucional, violência comunitária e violência autoinflingida. Os dados obtidos são sigilosos.
Entrevistadores. Participam da pesquisa professores, mestrandos e alunos da UFMG, além de profissionais de saúde dos municípios, treinados e identificados com vestimentas e credenciais da pesquisa.
Com O Tempo