Passada a Copa do Mundo, o Brasil começa a contabilizar os resultados, tanto sociais, quanto econômicos. Em Sete Lagoas, o setor de comércio sente forte retração nas vendas desde o final de 2013, mas foi agravada pela competição realizada no país, causada, principalmente, pelos horários dos jogos. Segundo o Gerente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Tarcísio Magalhães, a expectativa pré e pós evento se derreteu diante da realidade dos efeitos negativos provocados pela economia. “É o comércio – que está na ponta do processo negocial – que provoca atitudes reducionais na produção industrial quando os pedidos começam a escassear ante a diminuição das suas vendas”, destaca.

Comércio sofre retração em Sete Lagoas / Foto: SeteLagoas.com.br

O resultado dessa retração reflete no Mercado de Trabalho. Dados da pesquisa do Núcleo de Estudos Econômicos e Sociais - NEES, do Centro Universitário de Sete Lagoas – UNIFEMM, indica uma redução de 105 vagas no comércio em julho. O setor foi um dos principais responsáveis pelo mau desempenho, com uma queda de 294 postos de trabalho no município, resultado das 2.341 contratações e 2.635 demissões. Após uma sequência de altas, julho foi o segundo mês consecutivo de queda nos resultados. Além do comércio, contribuiu para isso a Indústria de Transformação, maior destruidor de vagas no período. Por outro lado, a Construção Civil voltou a crescer na cidade, com um saldo positivo de 90 contratações.

O resultado negativo de julho pouco interferiu no saldo acumulado em 2014. Nos sete primeiros meses do ano, o município acumula 1,4 mil vagas criadas, resultado 5% superior se comparado com o mesmo período de 2013. Apesar disso, Sete Lagoas caiu no ranking das maiores cidades em Minas Gerais, e saiu do 11º lugar em janeiro, para o 103º lugar em julho, entre os 110 municípios com mais de 30 mil habitantes. Em junho, a cidade já ocupava a 95ª posição, e indicava a queda verificada no mês posterior.

Os dados indicam que Sete Lagoas foi na contra mão dos resultados apresentados pelo Brasil. O país, em julho, teve uma geração de 11,8 mil postos de trabalhos, com destaque para o setor de Serviços e Agropecuária, que, juntos, criaram 21,9 mil vagas líquidas. O Mercado de Trabalho em Minas Gerais também registrou retração, com um saldo negativo de 5,2 mil vagas.

NEES Unifemm