Gusa puxa balança comercial para cima, mas vagas de emprego ainda estão no negativo
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O que parecia ser um sinal de queda constante apresentou um revés. Pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos e Sociais, NEES, do Centro Universitário UNIFEMM, aponta uma reação no comércio exterior em Sete Lagoas no início de 2015. Com alta tanto nas exportações, quanto nas importações em janeiro, a Balança Comercial teve um superávit de US$ 22,08 milhões. Com este resultado, a cidade pulou da 22ª em dezembro para a 12ª colocação no ranking dos municípios exportadores em Minas Gerais.
No primeiro mês de 2015, as exportações tiveram um salto de US$ 18,4 milhões no mês anterior para US$ 52,2 milhões e, da mesma forma, as importações subiram de US$ 26,38 milhões em dezembro para US$ 30, 12 milhões em janeiro. Este resultado positivo foi puxado principalmente pelo ferro gusa, que voltou a ser o principal produto na pauta da balança do município.
Em janeiro, o setor exportou para o exterior um total de US$ 41,5 milhões, valor sete vezes maior do que o comercializado em dezembro de 2014 e um aumento de 79,5%. Se antes o setor automotivo era destaque, desta vez representou apenas 12% do total de exportações.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Ferro no Estado de Minas Gerais, SINDIFER, Fausto Varela, esse aumento representa apenas uma variação de entrega imediata, chamados de Spots na economia. “Esta movimentação também se deve à flutuação da competitividade do produto do município frente ao mercado externo. Desta forma, podem acontecer grandes variações de volume e de receitas de um mês para outro, tanto positivas, quanto negativas”, explica.
Se por um lado a balança comercial teve uma reação, o mercado formal de empregos registrou, pelo 8º mês consecutivo, uma retração. O levantamento do NEES indica um saldo negativo de 219 vagas de trabalho formal em janeiro deste ano, resultado da diferença entre as 1.824 contratações e as 2.043 demissões.
Dos oito setores analisados, quatro deles tiveram resultados negativos, com destaque para o comércio, com a extinção de 221 postos de trabalho. Por outro lado, os setores de construção civil e indústria de transformação voltaram a gerar empregos e, juntos, tiveram um saldo positivo de 120 vagas.
Com ascom NEES