Com a reestruturação da Lagoa da Catarina, moradores da região desfrutam o espaço de lazer
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Há anos os moradores do Bairro da Catarina e região, sofriam com o descaso e o abandono da lagoa; lixo residencial, água parada podendo ocasionar focos de dengue e a falta de limpeza ao redor do ambiente desfavorecia o visual que hoje está quase totalmente revitalizado.
Atualmente o cenário é diferente e agradável para quem vive e desfruta do recinto, considerado um dos cartões postais da cidade. Moradores e frequentadores enxergam o lugar como um espaço de lazer onde podem passear com o animal de estimação e por que não ser usado como local para se exercitar de forma segura e com a presença de profissionais de saúde, como é feito no caso do Mexa-se. Hoje em média 250 pessoas fazem parte desse projeto na quadra da Catarina, que mais parece uma academia a céu aberto nos períodos da manhã e da noite.
As benfeitorias realizadas pela Secretaria de Obras, Infraestrutura e Políticas Urbanas em conjunto com a Prefeitura de Sete Lagoas, deram início a obra em meados de maio de 2014, sendo feitas a inclusão de mantas para possibilitar a impermeabilização do fundo da Lagoa (desassoreamento), a colocação de bancos e rampas de mobilidade urbana e lixeiras em torno do espaço.
Moradora do bairro há 40 anos, Daniela França disse estar satisfeita com a recuperação e o atual panorama que se encontra. “Trouxe para a gente muita alegria, acabou com os matos da lagoa e indiretamente diminuiu a criminalidade em torno do local. ”E completou,“ essa parceria do Mexa-se é muito positiva para nós residentes, a nossa comunidade está mais atenta aos cuidados com a saúde, a população se uniu” ressalta.
A ilha das Flores, construída em 1970, foi demolida e no local haverá uma praça com jardins. Até o momento os custeios dessa revitalização não foram divulgados pela Secretaria de Obras, Infraestrutura e Políticas Urbanas.
Um pouco da história da Lagoa da Catarina:
Documentos oficiais do Museu Histórico Municipal de Sete Lagoas tem registrado o porquê da nomeação do antigo brejo. “Por vezes a lagoa parece até uma lenda, que seu nome é devido a uma personalidade popular chamada Catharina, que teria uma venda, um boteco, e seria a pessoa mais conhecida da região. Daí vem à nomeação da lagoa”, afirma a Diretora dos Museus Históricos da cidade Shirley Francisca Fonseca.
O morador Rogério Teodoro da Silva fala que a sua casa é a mais antiga da Lagoa, com 120 anos. Ela pertenceu a sua avó, e anteriormente era da proprietária da fazenda, de nome Catarina, de sobrenome não lembrado, que teria morado na descida da Várzea, na Praça do Escorrega.
O bairro da Catarina é um dos mais antigos da cidade, e a lagoa faz parte das sete lagoas históricas do município, sendo a mais oculta delas, sem largos nem horizontes, devido ao pequeno tamanho e entorno residencial. É a única lagoa que não é possível ver do alto da Serra de Santa Helena.
Por Naiara Barbosa