Secretário explica falta de equipamentos de proteção e demissões na saúde em Sete Lagoas
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Atendendo chamado do vereador Milton Martins (PSC) o secretário municipal de Saúde, Roney Gott, esteve na Câmara Municipal durante a Reunião Ordinária dessa terça-feira (12) para esclarecer sobre várias situações. Em requerimento o vereador abordou, entre outros assuntos, denúncias sobre perseguição a servidores que prestam serviços no combate à dengue. “Falta de protetor solar, convocação para caminhada no fim de semana, falta de pagamento e proibição para ir ao banheiro no horário de trabalho. Funcionários estão sendo coagidos”. Essas foram algumas das indagações do parlamentar.
Na tribuna do Legislativo o secretário se eximiu de responder por questões acontecidas na última gestão da pasta. “Assumi dia 18 de fevereiro e na minha gestão não tem perseguição com ninguém”, garantiu sem poder dizer o mesmo sobre fatos anteriores à sua supervisão.
Sobre demissões a justificativa apresentada para os cortes foi “um decreto assinado pelo prefeito para reduzir os cargos comissionados em 50%. Devido a situação caótica que nossa saúde se encontra eu, como secretário, tomei a inciativa de demitir todos os cargos comissionados que são de livre nomeação e exoneração”, assumiu.
A folha de pagamento da secretaria é de aproximadamente R$ 9 milhões, somando com as despesas os cortes são inevitáveis, apontou o gestor. “Tivemos que reduzir os custos, temos contas a pagar. O salário do mês de março será pago até dia 15. Não existe dois meses de salários atrasados. Hoje temos 175 agentes e tem mais de 300 protetores solar. O agente precisa entregar um vazio para pegar outro”, emendou sobre a falta do Equipamento de Proteção Individual (EPI).
O secretário levou reforço e foi acompanhado pela gerente do controle da dengue, Adriana Rezende, que esclareceu a demissão de duas agentes que, segundo Milton Martins, foram demitidas por não acompanharem o prefeito em uma caminhada. Adriana revelou que o motivo da dispensa não foi a ausência na caminhada e sim um “histórico de advertências. Faltaram ao serviço sem justificativa”, alegou.
A gerente admitiu, porém, que “quem não trabalhasse no sábado teria que ir na caminhada. Se não receberia advertência”. Isso caso o servidor não apresentasse “uma justificativa plausível”, completou. A caminhada em questão aconteceu em um domingo e foi um projeto de mobilização para o combate à dengue.
Outros vereadores se manifestaram sobre o tema e Marcelo Cooperseltta (PMDB) reforçou o pedido para a secretaria de saúde intensificar ações no combate ao criadouro do mosquito da dengue. Na opinião do vereador as ações estão deixando a desejar.
Gonzaga cobrou informações sobre o hospital regional que segue com situação indefinida. Para Gott, o maior entrave com o equipamento será a manutenção que deve girar em torno de R$ 10 milhões. “Não basta terminar. Tem que manter”, ponderou.
Pr. Alcides (PP) falou em garra e determinação do atual do secretário e pontuou que “suas colocações são muito lúcidas”. Disse em referência ao custeio do hospital regional quando a obra estiver concluída.
Com Ascom Câmara