O Tribunal de Justiça de Minas Gerais condenou em primeira instância o presidente da Associação dos Servidores Municipais de Sete Lagoas (ASMSL), Ricardo Florenciano Alves, por improbidade administrativa na última segunda-feira (30). A ação julgou o primeiro semestre de exercício do presidente (fevereiro a julho de 2013), acusado de sonegar R$ 25.094,67 ao clube.

O presidente foi condenado de sonegar R$ 25.094,67 / Foto: SeteLagoas.com.br

Segundo o tesoureiro da ASMSL, Valério Pereira Sapucaia, no início do mandato a administração encontrou dificuldades na gestão, pois ainda eram leigos no assunto. “Fizemos uma reunião para ajustar as coisas. Nesse período o dinheiro que entrava, eu sabia, mas não estava ciente das coisas que saiam”.

O autor da ação (vice-presidente da Associação), Lucas Rodrigo de Lyra Vasconcelos Reis, declarou que começou a desconfiar do presidente e a questionar seus atos quando percebeu que ele estava tomando as decisões sozinho, sem consultar os membros da diretoria. Além disso, disse que percebeu a existência de irregularidades, como compras sem nota fiscal e aquisição de serviços prestados por parentes de Ricardo Alves. Dessa forma, encaminhou o problema para o presidente do conselho fiscal, Fábio Antônio de Almeida e ao TJMG.

Procurado pelo site SeteLagoas.com.br, Ricardo Alves mencionou que, de acordo com o estatuto dos servidores, ele tem autonomia para administrar o clube e que nesse período da acusação estava adequando a prestação de contas para ser levada ao conselho deliberativo. A prestação foi aceita pelo conselho, o que foi relatado em ata.

Ricardo Florenciano Alves presidente da ASMSL / Foto: reprodução facebook

O presidente assume que, na prestação de contas ao TJMG, comprovantes não foram apresentados. “Quando eu prestei contas, o nosso contador mandou a relação de tudo. Só que não sei se por inexperiência minha ou do contador, nós não mandamos os recibos, as notas fiscais, provando os lançamentos”. Ricardo ainda alega que vai recorrer na justiça, pois o saldo, receitas menos despesas que são transferidos para o mês subsequente, não é devedor.

O vice-presidente informou que na próxima semana, possivelmente na quarta-feira (8), o conselho vai se reunir para definir se o presidente será afastado do cargo.


Da Redação